Um novo estudo, algo controverso, sugere que a expansão do Universo é uma ilusão e propõe soluções para o mistério da matéria escura.
Os cientistas sabem que o Universo se está a expandir por causa do desvio para o vermelho – o alongamento dos comprimentos de onda da luz em direção à extremidade mais vermelha do espetro de cores à medida que um objeto se afasta do seu observador.
Este é um indicador de um Universo em expansão uma vez que as galáxias mais afastadas apresentam um desvio para o vermelho mais alto do que as mais próximas de nós.
Recentemente, os astrofísicos levantaram a hipótese de a taxa de expansão estar a acelerar, um processo conhecido como constante cosmológica ou lambda.
Esta constante tem sido uma verdadeira dor de cabeça para os investigadores desde que Albert Einstein a descreveu, há mais de 100 anos, dado que as observações não correspondem às previsões dos astrofísicos, levando-os a propor novas partículas ou forças para explicar a discrepância.
Para ter uma ideia, as previsões de valor da constante cosmológica feitas pela física de partículas diferem das observações reais em 120 ordens de magnitude, o que a levou a ser descrita como “a pior previsão da história da física”.
“Neste trabalho, colocamos um novo par de óculos para observar o Cosmos e os seus mistérios, realizando uma transformação matemática das leis físicas que o governam”, explicou Lucas Lombriser, físico da Universidade de Genebra, ao Live Science.
“Fiquei surpreendido ao descobrir que o problema da constante cosmológica parece desaparecer nesta nova perspetiva do Universo”, acrescentou.
Na interpretação matemática de Lombriser, o Universo não está a expandir, mas é plano e estático, como Einstein acreditava inicialmente. Os efeitos que observamos que apontam para a expansão são explicados pela evolução das massas de partículas – como protões e eletrões – ao longo do tempo.
Quanto à explicação apresentada para a matéria escura, que se acredita constituir 80% da massa do Universo, o estudo de Lombriser sugere que o estranho material poderia funcionar como um campo de axiões, partículas hipotéticas que são consideradas uma das principais candidatas à identidade da matéria escura.
As flutuações que ocorrem neste campo podem até significar que “não há, em princípio, necessidade de energia escura”, a força misteriosa que separa as galáxias a um ritmo acelerado.
O artigo científico foi publicado, em junho, na Classical and Quantum Gravity.
Já dissemos sobre isso muita coisa. Só dar nome aos fenómenos não chega é preciso explicá-los convenientemete de forma cientificamente comprovada.
As questões da cosmologia são fundamentais. Para nós seres humanos importa-nos compreender o nosso lugar presente e futuro no cosmos. Qual o nosso lugar presente e futuro no cosmos? O tempo e o espaço são indissociáveis, são a mesma coisa.
Provavelmente teremos o mesmo lugar atualmente que os dinossauros tiveram no passado. E muito dificilmente não teremos o mesmo fim. Em tudo, o sucesso é a fonte de insucesso.