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Um terço dos inquilinos gasta mais de 40% do rendimento na casa

Mais de 29% dos inquilinos em Portugal estava, em 2022, em situação de sobrecarga financeira. Por outro lado, apenas 1% dos proprietários vive a mesma situação.

Portugal é um dos países europeus onde os inquilinos fazem maiores esforços para pagar despesas de habitação.

O país ocupa o oitavo lugar — atrás dos Países Baixos, Roménia, Espanha, Bulgária, Grécia, Bélgica e Dinamarca  — de uma lista que engloba os países da União Europeia onde a habitação pesa mais sobre os rendimentos dos inquilinos. Já no conjunto da União Europeia, 21% dos inquilinos estavam em situação de sobrecarga financeira em 2022.

Uma posição que espelha — segundo o Público, que analisou os dados mais recentes da Eurostat —, um terço dos inquilinos em Portugal que estão em situação de sobrecarga financeira, isto é, que são forçados a dispor de mais de 40% do seu rendimento disponível para suportar os custos de habitação.

Pouco mais de 1% das famílias em Portugal têm habitação própria, entrando facilmente em sobrecarga financeira devido aos valores galopantes das rendas.

Segundo o jornal noticiou esta terça-feira, 29,4% dos agregados familiares que arrendavam casa em Portugal em 2022, estando sujeitos a rendas de mercado livre, viam-se obrigados a gastar 40% do rendimento que tinham disponível — valores muito superiores aos de 2010, altura em que 17,8% dos inquilinos estavam nesta situação.

A percentagem de agregados familiares em sobrecarga financeira terá atingido os 35% em 2015, tendo reduzido nos anos seguintes — mas voltou a subir em 2021.

Estes valores contrastam drasticamente com a situação financeira dos proprietários. Se um terço dos inquilinos vivem com esta realidade, apenas 1% dos proprietários estão em situação de sobrecarga financeira.

ZAP //

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