Tão apetitoso como água com açúcar. É assim que os colibris encaram o álcool, desde que o shot tenha um teor abaixo de 1%.
A enorme habilidade dos beija-flores — ou colibris — de recolha de néctar a velocidades supersónicas que atingem os 54 quilómetros por hora acaba de se tornar ainda mais impressionante — as pequenas aves podem estar bêbadas quando o fazem.
Estudo recente mostra que a ave originária das Américas tem uma curiosa afinidade por bebidas alcoólicas — e que lhes são tão apelativas como água com açúcar.
O álcool etílico é um bioproduto natural de bebidas açucaradas e está presente no néctar produzido pelas plantas.
Para verificar se os colibris se sentem atraídos pelas baixas concentrações de etanol que encontram nas plantas, o biologista da Universidade da California, Robert Dudley, colocou um alimentador na sua janela, que continha água açucarada misturada com álcool.
O professor verificou que os beija-flor-de-cabeça-magenta consumiam de bom grado a mistura alcoolizada, desde que apresentasse um teor alcoólico abaixo de 1%.
Quando a concentração de álcool aumentou para os 2% de volume, os colibris já não gostaram tanto da oferenda, tendo reduzido o seu consumo para metade, o que indica que as concentrações de álcool nas fontes alimentares naturais destas aves não excedem, muito provavelmente, os 1,5%.
Os seguintes passos da pesquisa são precisamente, de acordo com o Tech Explorist, medir os níveis de etanol nas flores e examinar os padrões de consumo das aves.
Certo é que, apesar de ser constantemente apanhado em excesso de velocidade — chegando a deslocar-se até 385 vezes o seu tamanho por segundo em época de acasalamento —, o beija-flor é o único a conseguir provar a sua sobriedade, sendo a única ave capaz de voar em marcha-atrás e de permanecer imóvel no ar.