Acaba um longo capítulo de contestação na TAP

Vai haver entendimento sobre os novos acordos de empresa: é o fim dos cortes salariais e uma “mudança de paradigma”.

No meio de tantas polémicas à volta da TAP, surge uma indicação positiva, sobretudo para os trabalhadores.

Os cortes salariais vão chegar ao fim porque a direcção da empresa de aviação está com entendimento quase fechado com os funcionários sobre os novos acordos da empresa.

De acordo com dirigentes sindicais, a negociação não está fechada mas a maioria deve estar pronta ainda neste Verão, antes de chegarmos a Setembro.

É o fim de um longo capítulo de contestação laboral na história da TAP, sublinha o Dinheiro Vivo.

Nesta sexta-feira foi aprovada uma proposta da TAP para o novo acordo de empresa. O documento foi aprovado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil – os pilotos vão ser assim os primeiros a deixar de ter corte de 20% no salário.

Recorde-se que os acordos temporários de emergência, ainda no âmbito da pandemia, estão em vigor desde 2021, dentro do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas.

Os cortes de 20% nos salários são aplicados a vencimentos superiores a 1.520 euros.

Com este novo acordo, e já com a presença de um novo director-executivo (Luís Rodrigues), os trabalhadores da TAP acreditam que está a verificar-se uma “mudança de paradigma” na empresa.

Avisam que ainda há outros assuntos a serem acertados com a administração mas estão optimistas para o futuro.

“Houve uma mudança na aproximação às nossas intenções, uma tentativa de conseguir garantir a paz social ao longo destes dois meses. Verifica-se, por parte dos sindicatos, uma menor agressividade. As coisas não estão resolvidas mas há, pelo menos, a perspectiva e a esperança de que se resolvam o mais rapidamente possível. Já começamos a ver a luz ao fundo do túnel e isso é inegável”, analisou Ricardo Penarroias, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

Pedro Figueiredo, líder do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil, acrescentou: “Está a existir uma maior abertura. Finalmente há diálogo, que era coisa que não havia anteriormente”.

ZAP //

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