Este será mesmo o primeiro estudo a detectar a presença de anemia em crianças mumificadas.
Um estudo analisou 21 múmias de crianças do Antigo Egipto e verificou que os pequenos sofreram de anemia.
Os resultados da investigação foram publicados no jornal científico International Journal of Osteoarchaeology.
As múmias foram retiradas de diversos de museus europeus. A mais antiga remonta aproximadamente ao ano 2.000 a.C., enquanto a mais recente é aproximadamente do ano 400 d.C. E estavam em diversas partes do Egipto.
Todas as múmias analisadas eram de crianças que morreram entre 1 ano e 14 anos de idade.
Passaram por tomografia computorizada (TAC) ao corpo inteiro. Os arqueólogos procuraram sinais reveladores de doenças, como crescimento anormal nos crânios, nos ossos dos braços e das pernas.
As TAC’s revelaram que as crianças sofriam, sobretudo, de anemia. Entre as 21 múmias analisadas, um terço (7) apresentou evidências de anemia, relata o portal Live Science.
É uma percentagem de 33% até aos 14 anos – e hoje a anemia afecta 40% das crianças com menos de 5 anos.
As origens podem ser diversas: deficiências alimentares, deficiência de ferro na mãe quando estava grávida, problemas gastrointestinais crónicos, doenças hereditárias e múltiplas infecções.
Língua aumentada, crescimento anormal do rosto e crânio alongado foram alguns dos sintomas encontrados.
Este será mesmo o primeiro estudo a detectar a presença de anemia em crianças mumificadas.
Mas a equipa que realizou o estudo salienta que esta amostra não representa toda a população daquela época ou um período de tempo específico.