Gigantescas montanhas no interior da Terra intrigam os cientistas

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Os cientistas estão a ficar intrigados com a origem de montanhas incrivelmente altas no interior do nosso planeta, uma vez que ultrapassam as cordilheiras mais altas da superfície.

Estas gigantescas cadeias de montanhas enterradas são chamadas de zonas de velocidade ultra-baixa (ULVZ).

Segundo a BBC, estão localizadas na fronteira entre o núcleo e o manto no interior da Terra, a cerca de 1.800 milhas de profundidade.

Algumas podem ter “4,5 vezes a altura do Evereste” ou mais de 24 milhas de altura, disseram os investigadores.

Estavam completamente escondidas até serem reveladas por dados sísmicos de terramotos e mesmo de explosões atómicas.

“Encontrámos provas de ULVZs em todo o lado”, disse a geóloga Samantha Hansen, da Universidade do Alabama. “Se for suficientemente grande, podemos vê-la”, acrescenta.

Os cientistas acreditam que estas estruturas podem ser remanescentes de antigas crostas oceânicas que foram empurradas para o interior da Terra, ou partes do manto que foram sobreaquecidas pelo núcleo extremamente quente do planeta.

Esta descoberta pode oferecer novas e valiosas pistas sobre a deslocação e o choque das placas tectónicas, à medida que se movem da crosta terrestre para o manto profundo.

A equipa de cientistas, liderada por Hansen, tem vindo a estudar estas ULVZs através de estações sismológicas na Antártida.

O continente é um local interessante para estudar estas montanhas monstruosas escondidas, porque estão longe de quaisquer bolhas ou placas tectónicas que se tenham deslocado ou caído.

Mas, devido à sua existência na Antártida, Hansen diz que estes picos gigantescos podem ser encontrados em todo o planeta, contradizendo a ideia de que estes altos picos subterrâneos foram outrora antigos fundos oceânicos.

“Investigações sísmicas, como a nossa, fornecem imagens de alta resolução da estrutura interior do nosso planeta”, disse Hansen no início deste ano, “e estamos a descobrir que esta estrutura é muito mais complicada do que se pensava“.

Teresa Campos, ZAP //

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