Nova teoria sugere que Tutankhamon morreu por conduzir embriagado

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A famosa máscara de Tutankhamon

Uma teoria inovadora proposta pela egiptóloga Sofia Aziz especula que o icónico faraó egípcio Tutankhamon pode ter encontrado o seu fim num acidente de carruagem sob o efeito de álcool.

Estudos anteriores sugeriram que Tutankhamon pode ter morrido devido a uma ferida aberta, conjugada com um sistema imunológico comprometido, enfraquecido pela malária.

No entanto, a ousada hipótese de Sofia Aziz sugere um cenário mais excitante, no qual o jovem rei egípcio, apesar de possivelmente ter um pé torto, era mais ativo e tinha mais mobilidade do que se acreditava anteriormente.

Aziz afirma que Tutankhamon, que mostrava uma forte predileção por vinho, poderá ter estado embriagado e a conduzir a sua carruagem a alta velocidade quando sofreu um acidente, causando a famosa ferida aberta.

Esta teoria é reforçada pela presença de múltiplas carruagens e um depósito de vinho na sua tumba, que sugere a participação ativa do rei na condução de carruagens e o seu gosto pela bebida.

Tutankhamon era como um adolescente típico, que bebia e provavelmente conduzia a sua carruagem demasiado depressa”, explicou recentemente Sofia Aziz numa entrevista à BBC Science Focus.

A ideia de que Tutankhamon poderia ter tido um pé torto, tornando-o incapaz de conduzir uma carruagem, é contestada por Aziz.

A especialista em egiptologia forense e biomédica sugere que poderá ter sido a mumificação a distorcer o pé do faraó, dando a falsa impressão de que Tutankhamon teria uma deformidade.

A teoria proposta por Aziz está atualmente longe de gerar consenso e é vista como especulativa.

Alguns especialistas, como a egiptóloga Sahar Saleem, da Universidade do Cairo, concordam que o rei pode ter tido mais mobilidade do que se pensava anteriormente. Outros, contudo, entre os quais Zink Albert, diretor do Instituto de Estudo de Múmias Eurac, ainda acreditam na validade dos achados anteriores.

Segundo Albert, autor de um dos estudos anteriores que sustentam que o faraó tinha uma deformação, “não há qualquer dúvida de que Tutankhamon tinha uma limitação de movimentos. É difícil imaginar que pudesse conduzir, de pé, uma carruagem”.

O mistério em torno da morte de Tutankhamon continua a intrigar os pesquisadores. À medida que novos avanços tecnológicos surgem, Aziz espera que a ciência possa lançar mais luz sobre a causa exata da morte do faraó, especialmente porque os seus órgãos internos nunca foram examinados.

No entanto, realça Aziz nota, uma resposta definitiva pode nunca ser encontrada devido à perda de informações cruciais durante a autópsia inicial em 1925.

Assim, até que novas evidências surjam, a morte de Tutankhamon continua a ser um dos enigmas mais cativantes da história.

ZAP //

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