O Vice Media Group entregou um pedido de protecção contra falência. Espera confirmar a venda a um consórcio de credores.
A crise na comunicação social já não está “lá longe”. O cenário no mundo da publicidade é pessimista e já chegou a meios conceituados, como a revista Vice e o portal Motherboard.
O Vice Media Group, proprietário desses dois meios, está a sofrer com a quebra no mercado publicitário.
Por isso, nesta segunda-feira entregou um pedido de proteção contra falência, avança o Financial Times.
O grupo espera que se confirme o acordo de venda que anunciou. Deverá ser vendido a um consórcio de credores por pouco mais de 200 milhões de euros – em crédito pelos seus activos – e que vai assumir “responsabilidades significativas”.
Esse consórcio de credores inclui o Fortress Investment Group, Soros Fund Management e Monroe Capital.
Sob uma oferta de crédito, os credores podem trocar a sua dívida garantida (em vez de pagar em dinheiro) pelos activos da empresa, explica a agência Reuters.
Estes credores devem avançar com 18 milhões de euros em dinheiro, para financiar os negócios da Vice durante o processo de venda – que deve estar concluída no próximo Verão.
Mas nada está fechado. O Vice Media Group, que continua a funcionar, mantém-se disponível para ouvir ofertas mais altas.
A ideia é “fortalecer a empresa e posicionar a Vice para um crescimento a longo prazo“, segundo os responsáveis.
O Vice Media Group começou por ser apenas uma revista, a Vice. Depois passou a ser global e diversificada, com sites, estúdio cinematográfico, agência de publicidade e uma série televisiva.
No mês passado a empresa já tinha cancelado um programa de televisão, na sequência de uma reestruturação que envolve despedimentos. E também tinha passado por denúncias de assédio sexual dentro da Vice.
Também em Abril o famoso BuzzFeed News fechou. O modelo de negócios digital não resistiu ao panorama económico global do último ano.
A imagem o que é que significa? É o Sócrates na gaiola?