Ao lado de pilha de corpos, líder do grupo Wagner insulta governantes e anuncia retirada

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ZAP // cv Kanal13

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin

Depois de divulgar um vídeo a insultar governantes russos, o líder do grupo Wagner anunciou a retirada de Bakhmut na próxima semana.

O líder do grupo paramilitar russo Wagner gravou um vídeo a insultar o ministro da Defesa russo e o atual comandante do exército russo na Ucrânia. No vídeo publicado esta quinta-feira, Yevgeny Prigozhin chama-lhes cabrões, entre outras coisas, e queixa-se da falta de munições.

“Faltam-nos munições! 70%! Shoigu! Gerasimov! Onde estão a porra das munições?”, clama Prigozhin, referindo-se a Serguei Shoigu e Valeri Guerasimov, respetivamente.

“Estes são os rapazes que morreram hoje, o sangue ainda está fresco”, afirma Prigozhin numa mensagem registada em vídeo e difundida através da rede digital de mensagens Telegram. Nas imagens veem-se cadáveres de alegados combatentes contratados pela empresa Wagner em solo ucraniano.

Prigozhin acrescenta que o número de baixas seria menor se a empresa privada tivesse recebido a “devida quantidade” de munições para os combates em território ucraniano invadido pela Rússia.

Segundo o oligarca russo, as unidades de combate da empresa Wagner só dispõem de 30% das munições necessárias.

“Há contas fáceis de fazer”, disse Prigozhin. “Se nos derem as munições que precisamos, haverá cinco vezes menos corpos aqui”.

“Eles [mercenários] vieram aqui como voluntários e morrem enquanto vocês engordam nos vossos gabinetes“, disse Prigozhin dirigindo-se a Shoigu e Guerasimov em termos insultuosos.

Retirada de Bakhmut

Já esta sexta-feira, o líder do grupo Wagner divulgou um novo vídeo em que anuncia a retirada dos seus soldados da frente de batalha na próxima semana.

“Vou retirar os soldados Wagner de Bakhmut porque sem munições eles estão condenados a morrer sem sentido”, justificou Prigozhin num novo vídeo. Os combatentes do grupo Wagner não abandonar Bakhmut no dia 10 de maio, próxima quarta-feira.

“Somos obrigados a transferir as posições de Bakhmut para unidades do Ministério da Defesa e a retirar o que resta do Wagner para campos logísticos, para lambermos as nossas feridas”, acrescentou.

Os combatentes contratados pela empresa privada russa constituem a força de assalto da Rússia que se encontram desde o final do ano passado na cidade de Bakhmut (Artiómovsk, na designação em russo), no zona ocidental da Ucrânia.

Na quinta-feira, Prigozhin disse que em “apenas um dia de combate morreram 116 combatentes” da empresa Wagner devido à escassez de munições que considerou “gravíssima”.

Não é a primeira vez que a Wagner critica o Ministério da Defesa pelos problemas de abastecimento de material bélico, sobretudo munições.

No passado mês de março, Prigozhin chegou a ameaçar retirar os destacamentos de Bakhmut.

“Se a companhia militar privada Wagner abandonar Bakhmut a frente de combate desmorona-se”, disse o empresário numa outra mensagem difundida pela rede social YouTube.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Que comecem a seguir em direção ao Kremlin ao lado dos ucranianos… pode ser que se vire o bico ao prego e mais rápido cheguem a acordo para parar com esta perigosa estupidez.

    • Seria un erro que a Ucrânia se enrola-se com este grupo de assassinos . Que até a data não consigo entender a legitimidade de tal organização !

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