Tragédia do voo AF447 Rio-Paris: 14 anos depois, Airbus e Air France absolvidas

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caribb / Flickr

Trem de aterragem de um Boeing 777 da Air France

A Justiça francesa absolveu esta segunda-feira a fabricante europeia Airbus e a companhia Air France das acusações de negligência no acidente do voo AF447 Rio-Paris em 2009, que matou 228 pessoas.

Quase 14 anos depois da tragédia do voo AF447, o tribunal de Paris absolveu a fabricante europeia Airbus e a transportadora aérea Air France das acusações de homicídios dolosos.

A 1 de junho de 2009, o voo AF447, que fazia a rota entre o Rio de Janeiro e Paris, caiu no meio da noite no Oceano Atlântico, algumas horas após a descolagem. Os 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo morreram na tragédia, recorda a agência AFP.

A bordo do avião, um Airbus A330, viajavam pessoas de 33 nacionalidades: 61 franceses, 58 brasileiros e 28 alemães, além de 9 italianos , 2 espanhóis e um argentino, entre outros.

Este foi o acidente mais letal da história da aviação comercial francesa.

Em 2019, a justiça francesa acusou a Air France de negligência, na sequência da investigação ao acidente.

O Ministério Público considerou que a companhia aérea francesa tinha sido “negligente e imprudente” ao não informar devidamente os seus pilotos sobre os procedimentos a adotar em caso de anomalias nas sondas que permitem controlar a velocidade do aparelho.

Segundo a acusação, vários acidentes semelhantes tinham ocorrido no mês anterior ao acidente com o voo.

A queda da aeronave deveu-se a “uma reação inadequada da tripulação após a perda momentânea das indicações de velocidade”, revelava um relatório de especialistas divulgado em 2014.

As conclusões do relatório de peritagem judicial especificavam uma conjugação de fatores: erros humanos, falhas técnicas, procedimentos inadequados e condições meteorológicas adversas.

Durante o julgamento, os representantes da Airbus e da Air France alegaram que as empresas não cometeram nenhum crime. Os advogados pediram a absolvição, uma decisão que, segundo a direção da Airbus, é “humanamente difícil, mas técnica e juridicamente justificada”.

ZAP //

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