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Novo curador do primeiro planetário da América é português

Chris Smith/Out of Chicago

Planetário Adler, em Chicago, o mais antigo da América

Planetário Adler, em Chicago, o mais antigo da América

O próximo curador do Planetário Adler, em Chicago, o primeiro a surgir na América, é português e chama-se Pedro Raposo.

O novo curador identifica uma dupla motivação neste desafio: “promover mais investigação em torno da colecção e contribuir para que um público cada vez mais alargado possa usufruir deste magnífico património”.

Pedro Raposo é mestre em História e Filosofia das Ciências pela Faculdade de Ciências da U.Lisboa, doutor em História da Ciência pela Universidade de Oxford, e investigador de pós-doutoramento do Centro Interuniversitário de História das Ciências e Tecnologia.

O Planetário Adler, tido como referência ao nível do ensino das ciências, tem a seu cargo uma das maiores e mais representativas colecções de instrumentos científicos históricos do mundo e que inclui livros raros, mapas, imagens, modelos e material de arquivo de importância capital para a história da Astronomia.

Actualmente, o edifício tem três salas para sessões de planetário equipadas com tecnologia audiovisual avançada, um centro de imagem e visualização do espaço e um observatório.

O planetário acolhe ainda um grupo de investigação em Astrofísica e um instituto dedicado à história da astronomia, o Webster Institute for the History of Astronomy.

SAHFC / fc.ul.pt

Pedro raposo, o novo curador do Planetário Adler

Pedro raposo, o novo curador do Planetário Adler

No cargo que Pedro Raposo vai assumir, a missão passa por “promover o estudo desta colecção e o seu enriquecimento com novos itens, facilitar o seu uso para fins educativos e de investigação, e trabalhar na sua interpretação perante o grande público, através da organização de exposições e do desenvolvimento de plataformas multimédia”.

De acordo com a Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências, Pedro Raposo foi o primeiro estudante de pós-graduação a obter o grau de mestre em História e Filosofia das Ciências nesta faculdade, em 2006.

A tese do historiador das ciências foi dedicada ao percurso do astrónomo Campos Rodrigues (1836-1919), segundo director do Observatório Astronómico de Lisboa e figura de proa da Astronomia portuguesa de finais do século XIX e princípios do século XX, e foi orientada por Henrique Leitão, recentemente distinguido com o Prémio Pessoa.

Em 2011, Pedro Raposo obteve o grau de doutor em História da Ciência pela Universidade de Oxford. A sua tese de doutoramento teve como tema as origens do Observatório Astronómico de Lisboa e foi orientada por Jim Bennett, um dos maiores especialistas mundiais na história dos instrumentos científicos e sua musealização.

Ciência Hoje

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