Valor das casas em Portugal mais do que duplicou em seis anos

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Em seis anos, o valor das casas em Portugal mais do que duplicou, ao mesmo tempo que o número de habitações transacionadas neste período cresceu a menos de metade desse ritmo.

Segundo avançou esta quinta-feira o Público, não há nenhuma região onde o valor deste mercado não tenha pelo menos duplicado durante esse período e, em algumas delas, chegou a triplicar. Os dados são do instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2016, venderam-se em território nacional 107.490 casas, por um valor total de cerca de 12,9 mil milhões de euros. Em seis anos, esse montante mais que duplicou. Em 2022, o número de transações tinha aumentado em torno de 56% face a 2016, totalizando 167.900 vendas, enquanto o valor transacionado cresceu 146% durante esse período e ascendeu a 31,7 mil milhões de euros.

De acordo com a mesma fonte, entre 2016 e 2022, os preços das habitações já existentes cresceram 85%, enquanto os preços das habitações novas aumentaram em torno de 58%. Entre 2021 e 2022, os preços aumentaram 12,6%, o maior crescimento anual de 2009.

Entre 2016 e 2022, o montante total transacionado aumentou mais de 100% em todas as regiões – assim, o valor do mercado habitacional é hoje o dobro daquele que se registava há seis anos. Na Área Metropolitana de Lisboa, as vendas aumentaram em 38% durante esse período e o montante transacionado cresceu 129%.

A Madeira e o Alentejo são as zonas onde o mercado mais acelerou. Na Madeira, foram vendidas em 2022 4142 casas, por um montante superior a 841 milhões de euros, números que representam aumentos de 101% e 206%, respetivamente, em comparação com os valores de 2016.

No Alentejo, em 2022 foram vendidas 12.652 casas, por um montante de 1,4 mil milhões de euros, números que correspondem a aumentos de 106% e 203%, respetivamente, face a 2016.

Os compradores nacionais lideram a lista. Mas nos últimos anosos compradores estrangeiros têm aumentado e pagam um valor muito superior ao que é pago pelos nacionais, representando 11% do montante total transacionado em Portugal e 6% das operações. Contudo, a discrepância entre os preços pagos por estrangeiros e os pagos por nacionais está a diminuir ligeiramente.

ZAP //

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2 Comments

  1. Obrigado Costa, obrigado Marcelo por continuarem a fomentar a especulação imobiliária. Mas quem manda é Marcelo pois é ele o chefe de Estado e portanto o principal culpado pela situação que vivemos. Portanto tudo a bem de Portugal e dos portugueses.

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