A startup alemã Sennder quer tornar o transporte de mercadorias mais eficiente, assumindo-se como uma espécie de Uber dos camiões.
As empresas convencionais de transporte de mercadorias enfrentam um duro desafio logístico, procurando a melhor forma de gerir as cargas, negociar preços e localizar a mercadoria. Além disso, os pagamentos podem demorar até três meses a serem processados.
É aqui que entra a empresa alemã Sennder. A startup de Berlim desenvolve ferramentas digitais para ligar remetentes às transportadoras. Através do seu serviço, as transportadoras conseguem arranjar encomendas com apenas um clique.
A plataforma é grátis e oferece ainda serviços de logística que automatizam a burocracia e otimizam rotas. Segundo a Bloomberg, a Sennder lucra com a diferença entre aquilo que cobra aos remetentes e aquilo que paga às transportadoras.
Resumidamente, a Sennder quer tornar-se a Uber dos camiões. O setor que há muito pede algo do género, mas o caminho a percorrer está longe de ser fácil.
Em setembro de 2020, a Sennder anunciou, em comunicado, que adquiriu o negócio europeu de entregas da Uber. A Uber adquiriu uma participação minoritária na empresa como parte do acordo. O negócio coloca a Sennder com uma avaliação de 900 milhões de euros.
“O nosso modelo de negócios é resistente a crises”, diz o cofundador da empresa, David Nothacker, em declarações à Bloomberg. “Pelo menos às crises que vimos”.
Além da Uber, a empresa tem ainda parcerias com a gigante multinacional Amazon e com a retalhista alemã de moda Zalando.
A indústria do transporto de mercadorias é altamente ineficiente. Em média, um camião não carrega absolutamente nada em cerca de 20% do percurso. Curiosamente, o bem mais transportado do planeta é o ar.
A Sennder promete ser uma solução para este problema. A empresa germânica usa algoritmos para mapear potenciais cargas que minimizam os chamados “quilómetros vazios” e as perdas financeiras.
As receitas da startup dispararam 300% de 2018 para 2019. Em meados de 2019, a Sennder tinha mais de 7.500 camiões disponíveis na sua plataforma. Naquele ano, cresceu para 150 funcionários e angariou 90 milhões de euros de investidores.
Entretanto, a empresa expandiu-se além fronteiras germânicas e tem agora filiais na Letónia, Polónia e na nossa vizinha Espanha. Em 2020, a Sennder firmou uma joint venture com o serviço de correios de Itália, a Poste Italiane, para gerir digitalmente os seus camiões.
A Sender comprou ainda a Everoad nesse verão. Anteriormente uma empresa de grande calibre, foi comprada por uma ninharia, depois da empresa francesa ir à falência.
Não criaram nada de novo. A empresa também alemã Timocom, já tem isso há anos: https://www.timocom.pt/smart-logistics-system/bolsa-de-cargas
E vão pagar aos motoristas essa disponibilidade de andar sempre a carregar e descarregar ou o dinheiro é para os patrões e os condutores ficam a arder?