A startup portuguesa Sensei abriu, em Lisboa, o Dojo, aquela que diz ser “a maior loja autónoma da Europa”.
À primeira vista parece ser um supermercado normal, mas tem a particularidade de ter um terminal de pagamento automático com cartão e rastreamento automatizado de produtos.
Assim, um cliente entra na loja, pega nos produtos que quer e não tem necessidade de os passar por um scan. No final, tem um terminal com um código QR associado a um cartão de pagamento, aplicação da loja ou caso prefira, pode pagar em dinheiro.
A identificação do consumidor é feita com base em 450 câmaras espalhadas pela loja de 500m² e pelo peso dos produtos, explica o Jornal de Negócios. Uma tecnologia de inteligência artificial permite saber em tempo real os produtos escolhidos pelos consumidores.
No entanto, a loja não está aberta para o público em geral. O Dinheiro Vivo salienta que é “exclusiva para apresentações para os clientes, investidores e parceiros que queiram ter um espaço de retalho autónomo”. A startup explica que servirá como centro de testes.
Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, esteve presente na inauguração, esta segunda-feira. O autarca disse que a Sensei “representa Lisboa como capital da inovação” e que será a próxima startup a atingir o estatuto de “unicórnio”.
A inauguração não correu propriamente da forma esperada. A Inteligência Artificial falhou devido à elevada concentração de pessoas no mesmo local. O sistema teve de ser reiniciado e como os convidados presentes não voltaram a entrar na loja, não foram reconhecidos pela tecnologia.
Em declarações ao Dinheiro Vivo, Vasco Portugal, CEO e cofundador da startup, explicou que o Dojo é “um espaço para a Sensei continuar a evoluir e a treinar”. “É um espaço onde eles vêm ver aquilo que pode ser a experiência do que podem ter nas suas lojas”, acrescentou.
O investimento necessário para os interessados não foi revelado, sendo que o custo depende daquilo que o retalhista desejar em termos de especificidades.