O Estado poderá não alienar a totalidade do capital da TAP, visto que no decreto de reprivatização da empresa, que está a ser elaborado, o Governo admite manter uma posição minoritária na companhia aérea após o processo de reestruturação.
Segundo noticiou esta segunda-feira o Jornal de Negócios, o projeto de decreto de decreto ainda não foi fechado, mas a versão mais recente já está com a Comissão Europeia para uma análise prévia.
De acordo com o jornal, qualquer operação de reprivatização terá de respeitar o plano em curso ou, caso o comprador imponha exigências na negociação, terá de existir uma articulação com Bruxelas de forma a que um novo plano seja aprovado.
O grupo parlamentar do Partido Socialista tem pressionado o governo a manter uma posição acionista minoritária na empresa. Mas há também, dentro do Governo, fações que admitem a venda da empresa na totalidade.
Na sexta-feira, a Lufthansa assumiu interesse na aquisição da TAP.
No domingo à noite, o comentador Luís Marques Mendes disse no seu espaço habitual, na SIC, que a informação de que, “numa primeira fase”, o Governo deverá “alienar a maioria do capital, de 60 a 70 por cento”, e só numa segunda fase deverá ir até aos 100 por cento.