Ideia reforçada pelo chefe dos serviços secretos ucranianos. O mesmo Budanov disse que a guerra vai acabar em Junho deste ano.
Um ano de guerra na Ucrânia, altura de balanços. Este feito por Kyrylo Budanov, chefe dos serviços de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.
Em entrevista ao portal Pravda da Ucrânia, Budanov repetiu a ideia de que há ucranianos infiltrados no Kremlin.
“Não vou avançar quantos são. Mas estão lá”, afirmou o responsável ucraniano, repetindo a ideia do Ministério da Defesa da Ucrânia, entre outros responsáveis.
Segundo Budanov, a Rússia está a “deteriorar” a sua situação dia após dia e, por isso, “é cada vez mais fácil encontrar pessoas dispostas a cooperar“.
O líder dos serviços secretos ucranianos já tinha dito, ao fechar 2022, que a guerra na Ucrânia vai acabar em Junho.
Agora, depois de ter “adivinhado” o início da guerra, a aproximação a Kiev e a libertação de Kherson, prevê “muitos eventos importantes” durante a Primavera, na guerra.
A Rússia, continua, quer centrar-se no Leste da Ucrânia: chegar às fronteiras das regiões administrativas de Donetsk e Lugansk (Donbass). “Cada milímetro de território é estrategicamente importante”.
Bakhmut tem sido o palco de conflitos mais intensos, nos últimos dias. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, já admitiu que a situação naquela cidade é complicada para as forças ucranianas. Ali, o Grupo Wagner está a “avançar metro por metro, apesar das baixas. São, de facto, os únicos que o conseguem fazer”, admitiu. São unidades que “agem de forma decisiva e suficientemente poderosa”.
Kyrylo Budanov considera ainda que a saída da Rússia do acordo anti-nuclear com os EUA “é uma nova tentativa para manipular e, infelizmente, chantagear o mundo com armas nucleares”. Mas, no geral, a Rússia não tem hipóteses de competir com o Ocidente, resume o portal Observador.