Jovens que agrediram imigrantes causam terror em Olhão. Pede-se prisão imediata

ZAP // C.V.

Alguns habitantes de Olhão têm até medo de sair à rua por causa do grupo de jovens que agrediu imigrantes. Pede-se a prisão imediata dos jovens identificados.

As autoridades estão a investigar as agressões cometidas por um grupo de jovens a um imigrante nepalês, em Olhão. Os atos de violência tornaram-se recentemente públicos após a divulgação de um vídeo em que é possível ver os jovens a agredir o imigrante indefeso.

A SIC avança que este não é um caso isolado e que este grupo de jovens está envolvido em, pelo menos, oito situações de agressões a imigrantes. Alguns dos envolvidos já foram identificados pela polícia. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, admitiu que mais jovens pudessem ser identificados num futuro próximo.

Estes episódios de violência deixaram os habitantes de Olhão com medo de andar na rua. “Quando vou para a pesca, pelas 5h ou 6h da manhã, tenho algum receio de andar na rua”, admitiu ao jornal Público um habitante local. “Deviam ir todos presos”.

O presidente da Câmara de Olhão, António Pina, disse à SIC, no sábado, que retirar “brevemente” os jovens agressores da comunidade “era importante, até para a segurança deles”. “A população olhanense não aceita aquilo”, acrescentou o autarca.

Ainda assim, apesar de muitos pedirem prisão imediata para os jovens envolvidos, há quem defenda outra abordagem. Outro habitante local ouvido pelo Público realçou que “é mais fácil mandar prender ou institucionalizar do que integrar”.

O grupo de jovens, entre os 16 e os 19 anos, vive no Bairro dos Índios, um bairro problemática da região. “Estão na origem de muitos problemas sociais na cidade”, diz o cidadão ouvido pelo matutino. Um pescador avisa ainda: “Se vai ao Bairro dos Índios, tenha cuidado”.

“Só vem dar má fama, prejudica a imagem da terra”, critica ainda um taxista.

No vídeo divulgado recentemente, o imigrante nepalês surge caído no chão, em posição defensiva, a tentar proteger-se de pontapés, murros e pauladas desferidos pelos agressores, cujos rostos não são bem visíveis, por estarem com capuzes.

Além das reiteradas agressões, o grupo também roubou a mochila da vítima, que não apresentou queixa, enquanto esta suplicava para que parassem de o agredir e lhe devolvessem, pelo menos, os documentos que guardava na mochila.

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