Caso entrasse em contacto com a água, o asteróide onde esteve alojado o meteorito poderia ter provocado uma reação química.
Um meteorito que caiu na cidade de Winhcombe, no sudoeste de Inglaterra, tem vindo a intrigar os cientistas pelos curiosas, e sucessivas, novidades que representa. Num primeiro momento, e após perícias iniciais, os especialistas apontavam que os pedaços de rocha continham água que correspondia quase perfeitamente com a que existe na Terra.
Agora, uma nova investigação, desenvolvida por investigadores do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Londres, encontrou compostos orgânicos do Espaço que podem conter segredos da origem da vida. De acordo com o novo estudo, algumas análises permitiram a identificação de matéria orgânica que indica que o meteorito pertencera a um asteróide onde ocorreu água líquida e, caso esse asteróide tivesse tido acesso a água, uma reação química poderia ter acontecido.
Aí, mais moléculas poderiam ter-se transformado em aminoácidos e proteínas. Por outras palavras, os blocos de construção da vida.
Tal como descreve o site SciTech Daily, o meteorito Winchcombe é um raro meteorito condrítico rico em carbono, sendo o primeiro deste tipo a ser encontrado no Reino Unido com um evento de queda de meteorito observado — com mais de mil testemunhas oculares e numerosas imagens da bola de fogo.
A abundância de aminoácidos é dez vezes inferior a outros tipos de meteoritos condríticos carbonáceos e foi um desafio a estudar devido à deteção limitada de aminoácidos, mas com o meteorito tão prontamente recuperado e curado, a equipa pôde estudar o conteúdo orgânico do meteorito antes da sua interação com o ambiente da Terra. A matéria orgânica sugere que o meteorito poderia representar uma classe de meteorito única e fraca, não estudada anteriormente.
Queenie Chan, Universidade de Londres, explicou: “A queda de meteoritow acontece durante todo o ano, contudo, o que faz com que este meteorito caia de forma tão única é que este é o primeiro meteorito a ter sido observado por numerosas testemunhas oculares, registado, e recuperado no Reino Unido nos últimos 30 anos.