Defesa do Bayern foi “encostado” logo após o primeiro jogo no Mundial 2022. Defesa do Barcelona entrou num jogo com um fio de ouro ao pescoço.
Muitos especialistas em desporto consideram que o campeão é o maior favorito ao título na edição seguinte do torneio.
Isso aplica-se sobretudo nos campeonatos internos, que se disputam todos os anos.
O Mundial de futebol é diferente: só acontece de quatro em quatro anos. Tal como um Europeu ou os Jogos Olímpicos.
No entanto, mesmo tendo passado cerca de quatro anos e meio desde o Mundial 2018 e apesar das várias lesões, a França apareceu no Qatar como um dos principais candidatos ao título. O principal, para alguns.
Para já, o percurso dos franceses confirmou esse poder: no Grupo D, goleada por 4-1 contra a Austrália, vitória por 2-1 sobre a Dinamarca e, já nos oitavos-de-final, triunfo tranquilo frente à Polónia por 3-1. Já estão nos quartos-de-final, num “jogo de cartaz” com a Inglaterra.
Pelo meio, uma derrota por 1-0 contra a Tunísia. Mas a França já estava apurada e Didier Deschamps escolheu um 11 titular repleto de suplentes.
A excepção foi Benjamin Pavard. O defesa do Bayern Munique foi titular na estreia com a Austrália, tendo saído muito perto dos 90 minutos – e nunca mais jogou, neste Mundial 2022.
Deschamps ficou desapontado com a sua exibição e terá culpado o jogador pelo golo que a Austrália marcou.
“Tive várias conversas com ele, não o vejo em boa forma. É uma questão física, mental? Aparentemente, o primeiro jogo não o ajudou. É por isso que tomei uma decisão diferente”, admitiu o próprio seleccionador.
A linguagem corporal e a disciplina táctica de Pavard não serão do agrado de Deschamps.
No tal jogo contra a Tunísia, Benjamin Pavard viu todos os suplentes saltarem para a equipa titular…todos menos ele. Até Axel Disasi, que nunca tinha jogado pela selecção principal francesa, ocupou o seu lugar.
“E agora, vai agarrar-se a quê?”, questiona o jornal L’Équipe, que avisa que há mal-estar nos bastidores dos campeões mundiais.
Pavard foi campeão mundial em 2018 e, se a França ficar com o troféu novamente, será campeão mundial em 2022, porque já jogou. Mas com uma participação mínima; porque não deve voltar a jogar no Qatar.
Fio de ouro
O outro caso problemático na selecção francesa decorreu neste domingo, quando o titular Jules Koundé entrou em campo com um fio de ouro ao pescoço.
Só perto do intervalo é que um dos árbitros reparou nessa violação de uma das leis do futebol. E foi preciso pedir ajuda a outros elementos da selecção, no banco, para tirar. O episódio não retirou o defesa do campo; só saiu aos 91 minutos.
Didier Deschamps não gostou: “Ele não podia ter começado o jogo com o fio posto. Não sei o que é que ele tem no colar, sei que é um pouco supersticioso e também o usa nos treinos. Não sei qual o significado do fio para ele, mas disse-lhe que teve muita sorte em eu não o ter apanhado à minha frente naquele momento”.
Não se sabe se também Koundé será “encostado”. Mas é provável que a FIFA castigue alguém: todos os jogadores devem ser vistos ao pormenor antes de cada jogo começar.