Hoje é dia da Bl…ue Friday

chris couderc / Flickr

Mar Mediterâneo

Iniciativa de comissão da UNESCO apresentada em Itália. Em vez de se promover o consumo, promove-se a defesa dos oceanos.

A Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (COI-UNESCO) apresenta esta sexta-feira em Veneza, Itália, a iniciativa “sexta-feira azul”, (“Blue Friday”) em resposta à “sexta-feira negra” (Black Friday) comercial e em defesa dos oceanos.

A chamada “Black Friday”, na última sexta-feira de novembro, inaugura o período de compras de Natal com grandes descontos e é um dos expoentes máximos do consumismo, tendo começado nos Estados Unidos, espalhando-se depois por todo o mundo.

Este ano pela primeira vez, a COI-UNESCO lança a “Blue Friday”, hoje e sábado, para “transformar um evento puramente consumista num momento de reflexão dedicado à salvaguarda e à restauração do Mar Mediterrâneo, através de iniciativas de alfabetização oceânica“.

O evento tem início em Veneza mas fonte da COI-UNESCO disse à Lusa que “obviamente o objetivo é levar o momento para todo o mundo, sensibilizando o maior número possível de pessoas para a proteção dos oceanos”, e mostrando que é possível consumir e produzir de forma mais sustentável.

A iniciativa pretende ser uma oportunidade para propor soluções concretas para as ameaças a todos os ambientes marinhos, não apenas ao Mediterrâneo, explicou também a fonte.

Em Veneza serão organizadas mesas redondas sobre economia verde e azul, com a participação de empresas internacionais, falar-se-á de “design” e moda sustentáveis, e refletir-se-á sobre o efeito que as escolhas dos consumidores podem ter no meio ambiente, em especial nos oceanos.

A “Blue Friday” é organizado no âmbito da Década das Nações Unidas da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), criada para promover o papel da ciência dos oceanos para fomentar um desenvolvimento mais sustentável.

A COI-UNESCO foi criada em 1960 para estudar a proteção do ambiente marinho, a pesca e os ecossistemas bem como as mudanças provocadas pelas alterações climáticas.

// Lusa

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