Ao quarto jogo, aconteceu na noite desta segunda-feira o primeiro empate neste Mundial 2022. Estados Unidos e País de Gales protagonizaram um duelo que teve duas partes com dominadores diferentes.
Na primeira, o futebol agressivo e pressionante dos norte-americanos surtiu efeitos, na etapa final ocorreu a reação galesa, que equilibrou as incidências e viu esse esforço ser compensado nos minutos finais. Timothy Weah abriu a contagem e Gareth Bale não perdoou e, com uma tacada certeira, apontou o tento dos “dragões”. Este Grupo B é liderado pela Inglaterra, que goleou o Irão de Carlos Queiroz e de Taremi.
Acção dos “Yanks” a abrir e reacção galesa a fechar
O relógio marcava o minuto 36, altura em que Timothy Weah deixou o pai George orgulhoso e finalizou uma excelente jogada, que ainda passou pelos pés de Musah, Sargeant e de Pulisic.
A vantagem premiava e dava justiça ao amplo domínio e maior audácia ofensiva dos “yanks”. Logo a abrir, Hennessey negou o autogolo de Rodon e, na sequência, Sargeant atirou aos ferros.
Impulsionados pela dinâmica do trio do meio-campo composto por Musah, Tyler Adams e Weston McKennie, os Estados Unidos pressionavam de forma ordenada e agressiva em zonas adiantadas do terreno, engolindo o futebol mais reativo de uns galeses atordoados e pouco inspirados, e dominaram por completo os primeiros 49 minutos de ação no palco do Estádio Ahmad Bin Ali. Weah era o melhor nesta fase, com um remate, um golo, três ações com a bola na área contrária.
Após 64 anos de ausência, o País de Gales regressou dos balneários disposto a dar uma outra imagem e foi, com a passagem dos minutos, conseguindo impor-se através de um futebol mais directo. No espaço de escassos segundos – entre o minuto 64 e 65 – viu Ben Davies e Moore ficarem a centímetros de festejar.
O golo surgiu mais adiante, quando o suspeito do costume, Gareth Bale, não tremeu e converteu uma grande penalidade – por falta por ele sofrida após ser derrubado por Zimmerman – de forma exemplar. Estava decretado o empate com que iria terminar o jogo.
Melhor em Campo: Tomothy Weah
Quem sai aos seus… O jovem Timothy, filho do antigo Bola de Ouro George Weah, exibiu-se em alto nível, sempre em alta rotação, percorreu toda a linha de ataque com mestria e velocidade. O avançado do Lille inaugurou o “placard” no único remate que fez, tendo ainda protagonizado três cruzamentos, 34 ações com a bola (três na área adversária), registou uma eficácia no capítulo do passe de 88% (22 certos em 25 tentativas).
Destaques dos Estados Unidos
Ream (6.3) – O experiente central de 35 anos foi o patrão da defesa norte-americana com oito passes progressivos, dois passes super progressivos, duas recuperações de posse, dois desarmes, duas intercepções e três alívios.
Tyler Adams (6.0) – O capitão encheu o meio-campo com um remate, uma eficácia no passe de 89%, seis recuperações de posse, três ações defensivas no meio-campo adversário, quatro desarmes e duas intercepções.
Destaques do País de Gales
Gareth Bale (6.4) – Desaparecido na etapa inicial, despertou na fase final e foi mais uma vez decisivo. Sofreu falta de Zimmerman e converteu a grande penalidade no único remate que realizou. Além disso, realce para as quatro faltas sofridas.
Wilson (5.8) – Nos 83 minutos em que actuou foi a unidade mais interventiva dos galeses, tendo criado uma ocasião flagrante, dois passes para finalização e recuperado a posse em cinco ocasiões.
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