A verdadeira história da Cinderela é bem mais negra do que pensa

(dr) Disney

A história dos irmãos Grimm, em que o filme da Disney se baseia, tem alguns contornos negros, envolvendo até dedos dos pés cortados.

Cinderela é um dos contos de fadas mais populares de sempre. O filme de Walt Disney, de 1950, tornou a história famosa, continuando ainda nos dias de hoje a ser uma personagem icónica do estúdio de animação norte-americano. No entanto, há várias versões da Cinderela.

Uma delas é do escritor francês Charles Perrault, de 1697, baseada num conto italiano popular chamado La gatta cenerentola (“A gata borralheira”). A calcula-se que a versão mais antiga seja originária da China, por volta de 860.

Por sua vez, a versão de Walt Disney é inspirada na dos irmãos Grimm, intitulada Aschenputtel. Curiosamente, a história dos irmãos germânicos é bastante mais negra do que aquela que é retratada no filme da Disney.

Jacob e Wilhelm não tinham nenhuma fada-madrinha na sua história. Quem realiza o desejo de ir ao baile, por outro lado, é a árvore que cresceu na campa da sua mãe. Cinderela invoca palavras mágicas que a ajudam na transformação do seu desejo em realidade.

Além disso, o pai de Cinderela, que na história da Disney é ausente, está bem presente na versão dos irmãos Grimm — embora ignore deliberadamente o sofrimento da filha.

A Vox realça que o icónico sapatinho de cristal é feito de ouro na história alemã. E é precisamente o sapato que gera um dos momentos mais sombrios de todo o livro. Uma das meias-irmãs de Cinderela, incitada pela mãe, corta os dedos dos pés a sangue frio. Não lhe adiantou muito.

No final, Cinderela casa-se com o príncipe, as suas meias-irmãs servem de damas de honor e as pombas bicam-lhes os olhos durante a cerimónia.

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