Uma planta geneticamente modificada de uma startup francesa faz o mesmo trabalho de 30 purificadores de ar e já está disponível no mercado.
As plantas não servem apenas para embelezar a casa, há inúmeros benefícios para quem as tem dentro de quatro paredes.
Um dos benefícios é o vapor de água libertado pelas plantas, o que aumenta a humidade do ar ao seu redor. Aumentar a humidade do ambiente ajuda a evitar problemas respiratórios. Para além disso, ter plantas em espaços fechados pode aumentar os níveis de oxigénio.
Outra vantagem é o facto de as plantas removerem toxinas do ar, ajudando a purificá-lo. Uma investigação da NASA descobriu que as plantas conseguem eliminar até 87% dos compostos orgânicos voláteis a cada 24 horas.
Foi precisamente neste benefício purificador do ar que a francesa Neoplants se concentrou. A empresa sediada em Paris criou uma planta para maximizar as suas propriedades naturais de filtragem do ar.
Ao modificar geneticamente uma planta conhecida como jiboia ou hera do diabo (Epipremnum aureum), a equipa de peritos da Neoplants criou um organismo que afirma ser capaz de fazer o trabalho de até 30 purificadores de ar.
A primeira planta de alta tecnologia da empresa, chamada Neo P1, chegou recentemente ao mercado, noticia a Inverse.
“Um dos efeitos colaterais da pandemia é que as pessoas estão muito mais conscientes do que está no ar que respiram”, diz Patrick Torbey, biólogo molecular da Neoplants.
Os já referidos compostos orgânicos voláteis são conhecidos por causar dores de cabeça, irritação nos olhos e na garganta e, em alguns casos extremos, até danos no fígado ou cancro. Estes compostos incluem substâncias como formaldeído (presente em tapetes, vinil, fumo de cigarro e sacos de supermercado), benzeno e tricloroetileno (ambos encontrados em fibras artificiais, tintas, solventes e tintas.
“Começamos com uma das plantas de casa mais populares da América do Norte”, a hera do diabo, diz Lionel Mora, cofundador e CEO da startup francesa.
Não foi uma tarefa fácil. A equipa da Neoplants teve que mapear todo o genoma da planta e, de seguida, determinar quais genes direcionar para a filtragem máxima de compostos orgânicos voláteis.
“É como tentar construir um avião enquanto voa”, descreveu Torbey. Foi um longo processo de quatro anos, mas a equipa lá conseguiu construir o ‘avião’.
A Neoplants também teve de ter em atenção os padrões da Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos. Os peritos tiveram de ter cuidado para evitar zonas do genoma que poderiam aumentar a sobrevivência da planta na natureza.
“Não damos vantagem seletiva à planta. Não a fazemos crescer mais rápido, não aumentamos a sua resistência a pesticidas”, detalha Torbey.
A Neo P1, a primeira planta geneticamente modificada da empresa, custa 179 dólares. Embora seja consideravelmente mais cara do que a maioria das plantas de casa, está ao nível do valor de alguns purificadores de ar — e, certamente, ao nível de 30 purificadores de ar.
É cara… mas deixa o pessoal arranjar uns raminhos e vão ver como foge ao controle.
Não quero (e falo por mim) plantas geneticamente tratados.
Quero plantas naturais que produzam oxigénio, limpam o ar (à sua maneira). Quero árvores naturais
Em x de arranjarmos maneiras de salvarmos o planeta em que vivemos…..