Famílias e empresas só receberam 5% das verbas já pagas do PRR

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António Pedro Santos/LUSA

António Costa

A maior fatia dos fundos europeus está a ser gasta no setor público, sendo as famílias as quartas maiores beneficiárias e as empresas as sextas.

A grande maioria dos fundos já pagos do Plano de Recuperação e Resiliência estão a ser aplicados no setor público. De acordo com o último relatório da missão Recuperar Portugal, apenas 5% dos três mil milhões de euros que foram pagos até agora foram para empresas e famílias.

Segundo o Jornal de Negócios, as famílias surgem em quarto lugar na lista de beneficiários, tendo recebido 110 milhões de euros. As empresas são as sextas maiores beneficiárias da bazuca, tendo recebido 44 milhões de euros.

Já as entidades públicas ocupam o lugar cimeiro da lista, tendo recebido 302 milhões de euros, seguindo-se as empresas públicas (que receberam 230 milhões de euros dos fundos eueropeus) e as escolas (que receberam 212 milhões).

Portugal recebeu a primeira fatia do PRR em Maio e beneficiou de um pré-financiamento em agosto de 2021. Até agora, o nosso país já recebeu 3321 milhões de euros, o que corresponde a 20% do bolo total, mas só 1007 milhões foram efetivamente pagos e chegaram aos seus destinos. Estamos agora à espera de uma segunda transferência de 1,8 mil milhões de euros.

Os atrasos na execução dos fundos têm gerado várias críticas, tendo o Presidente da República até deixado um recado ao Governo este sábado, dizendo estar “muito atento”.

“Verdadeiramente super infeliz para si será o dia em que eu descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que deve ser. Nesse caso, eu não lhe perdoo e há milhares de testemunhas daquilo que estou a dizer hoje. Espero que esse dia nunce chegue, mas estarei atento para o caso de chegar”, disse Marcelo à Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

A responsável respondeu que as “preocupações do Presidente são as do Governo”. “Já estamos a gastar e a investir por conta do Portugal 2030. Até agora todas as metas e pedidos de pagamento estão dentro da data”, sublinhou.

Por sua vez, António Costa lembrou esta segunda-feira que o programa tem de estar concluído até 2026 e que os prazos estão a ser cumpridos. “É para ser cumprido nos exatos termos em que foi contratado e programado. E assim está a acontecer”, garantiu o primeiro-ministro.

ZAP //

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1 Comment

  1. É de desconfiar quando a pressa é muito para comer subsídios, ainda pior quando os canais de televisão começam alinhar com a ganância da admissão dos subsídios á biqueirada, a comunicação social normalmente alinha com oportunistas que depois vem criticar como se não tivesse contribuído com pressões, nunca dão um caso em concreto com candidatura e demora.

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