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Tecnologia em excesso pode deformar os humanos do futuro

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Toll Free Forwarding

Os avanços na tecnologia mudam a forma como as pessoas trabalham e funcionam, acelerando o processo ou criando eficiência. Contudo, existe a possibilidade de a tecnologia estar a afetar o nosso organismo, especialmente devido à sua utilização frequente.

Num projeto encomendado pela TollFreeForwarding, os especialistas advertiram que a utilização excessiva da tecnologia pode criar deformações. A empresa colaborou com um designer 3D para projetar imagens de um “humano do futuro”, que revela problemas relacionados com o uso diário da tecnologia.

A conceção do modelo 3D, denominado por “Mindy”, baseou-se na utilização constante de ‘smartphones’, computadores portáteis e outras tecnologia.

A empresa prevê que o uso excessivo de objetos de tecnologia afeta a forma como as pessoas se sentam e ficam de pé. Acreditam que olhar constantemente para baixo para um ‘smartphone’ e olhar para cima para o ecrã de um computador poderá alterar partes do corpo, arqueando e desalinhando a coluna vertebral.

“Passar horas a olhar para baixo para o seu telemóvel estica o pescoço e desequilibra a coluna vertebral. Consequentemente, os músculos do pescoço têm que fazer um esforço extra para apoiar a cabeça”, disse Caleb Backe, um especialista em saúde e bem-estar na Maple Holistics.

Toll Free Forwarding

O modelo 3D “Mindy”

Estar sentado em frente a um computador durante horas pode empurrar o tronco para frente, passando a linha das ancas, quando ambos deviam estar alinhados.

Outra característica é a “garra de texto”, também designada por síndrome do túnel cubital – uma condição que produz dormência nos dedos – causada pela utilização constante do ‘smartphone’. O termo foi concebido para explicar como a mão assume a forma permanente de uma garra por segurar continuamente o telemóvel.

“Há alguns anos, a utilização da Internet ultrapassava o ambiente de trabalho, agora seguramos a Internet nas nossas mãos. Contudo, a forma como seguramos os nossos telemóveis pode causar tensão em certos pontos – criando a “garra de texto”, que é conhecida como síndrome do túnel cubital”, disse Nikola Djordjevic.

Segundo o médico e cofundador da Med Alert Help, os humanos do futuro podem também ter o cotovelo a 90 graus, por utilizarem excessivamente a tecnologia. Esta é uma extensão da “garra de texto”, ambas as características da síndrome do túnel cubital. A mudança física é causada pela “pressão ou alongamento do nervo ulnar, que corre no interior do cotovelo”.

A postura da “Mindy” mostra o efeito da tecnologia sobre o pescoço. “Quando se trabalha no computador ou quando se olha para o telemóvel, os músculos da parte de trás do pescoço têm de se contrair para segurar a cabeça para cima. Quanto mais se olha para baixo, mais os músculos têm de trabalhar”, explicou K. Daniel Riew, médico do NewYork-Presbyterian Och Spine Hospital

O estudo prevê que os futuros humanos tenham um crânio mais espesso, para proteger o cérebro da radiação dos ‘smartphones’, e que desenvolvam uma segunda pálpebra para proteger os olhos da tensão e do excesso de luz azul consequente da exposição aos ecrãs.

“Os humanos podem desenvolver uma pálpebra interna maior para evitar a exposição à luz excessiva, ou a lente do olho pode ser desenvolvida de forma evolutiva, de modo a bloquear a entrada de luz azul, mas não de outras luzes de alto comprimento de onda, como a verde, a amarela ou a vermelha”, disse Kasun Ratnayake, investigador da Universidade de Toledo.

A tecnologia é um bem enorme, mas é interessante saber que impacto poderá estar a ter no corpo humano ao longo do tempo. O relatório mostra características aparentes sobrevalorizadas para retratar o que poderia potencialmente acontecer se a tecnologia for utilizada excessivamente e os riscos a ela associados.

ZAP //

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3 Comments

  1. Parece bem simplista considerar que venhamos a desenvolver pálpebras extras ou crânios mais espessos e deformidades no corpo pra lidar com luz de telas e outros afins de uma tecnologia que está vigente a menos de cinquenta anos.
    E como vai ser a tecnologia daqui a cinquenta anos? É até de se duvidar que ainda continuem existindo celulares nos moldes dos que temos hoje.
    Muito mais adequado e sensato seria dizer que o ser humano vai evoluir – e se adaptar – às centenas de milhares de evoluções tecnológicas que ocorrerão daqui por diante.

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