Central de Zaporíjia ficou sem energia após bombardeamentos russos

Sergei Ilnitsky / EPA

A central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia e considerada a maior da Europa, ficou completamente sem energia depois do bombardeamento russo na quarta-feira, que danificou as duas únicas linhas de alta tensão que ligavam a central à rede elétrica ucraniana.

A Energoatom, operadora estatal das centrais nucleares da Ucrânia, informou hoje na rede social Telegram sobre a desconexão da central nuclear da rede elétrica ucraniana, localizada em território da Ucrânia, mas atualmente sob controlo militar russo.

“Ontem, 02 de novembro de 2022, as duas linhas de alta tensão restantes que conectam a central nuclear de Zaporijia à rede elétrica da Ucrânia foram danificadas como resultado do bombardeamento russo. A central perdeu energia às 23:04, horário local [09:04 em Lisboa] “, explicou a empresa.

Por questões de segurança, os 20 geradores a gasóleo de reserva que a central possui foram ligados.

Atualmente, Zaporijia tem potência suficiente para atender as necessidades internas da central com apenas nove geradores a gasóleo em operação.

As unidades de potência número 5 e número 6, que estavam ativas, estão atualmente em processo de desativação, após os bombardeamentos, acrescentou Energoatom.

“Há gasóleo suficiente para manter os geradores de reserva por 15 dias se a energia na central permanecer completamente cortada. Mas a contagem regressiva começa até a perda total de energia da central”, especificou.

A Energoatom acrescentou que “a capacidade da Ucrânia de garantir a segurança da central de Zaporijia é significativamente limitada devido à ocupação russa e à intrusão na administração da central por representantes da Rosatom”, organismo estatal de energia nuclear da Rússia, que assumiu o controlo de Zaporijia.

A situação da central nuclear, a terceira maior do mundo, preocupa a Ucrânia e os países aliados, já que está localizada numa região que foi anexada pela Rússia e ali estão a acontecer intensos combates.

As instalações da central sofreram ataques desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

ZAP // Lusa

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