Bolsonaro fugiu dos jornalistas e foi dormir às 22h. Apoiantes rejeitam resultados

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Bruna Prado / EPA

Jair Bolsonaro continua em silêncio absoluto após conhecidos os resultados das eleições presidenciais brasileiras.

Na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, Lula da Silva partia com uma ligeira vantagem, mas nada que fizesse Jair Bolsonaro desistir das suas aspirações a um novo mandato. Ainda assim, durante este domingo, o ainda Presidente do Brasil evitou os jornalistas reunidos à porta do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Bolsonaro deu a conhecer que este domingo não ia reagir aos resultados das eleições, que deram a vitória tangencial ao seu adversário. O candidato do Partido dos Trabalhadores foi eleito Presidente brasileiro com 50,90% dos votos, derrotando Bolsonaro, que obteve 49,10%.

Eram cerca de 21h locais quando a vitória de Lula da Silva foi conhecida. Bolsonaro manteve-se em silêncio e passavam poucos minutos das 22h quando as luzes do Palácio da Alvorada foram apagadas. Supostamente, Bolsonaro terá ido dormir.

A Folha de São Paulo escreve que Bolsonaro nem com os ministros do seu governo falou, nem pessoalmente nem ao telefone.

De acordo com o Observador, Alexandre de Moraes, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, revelou que, quando lhe telefonou, pouco antes de serem conhecidos os resultados das eleições, Bolsonaro atendeu com “extrema educação e lhe agradeceu”.

“Não sei se vai reconhecer [a derrota]”, disse Lula da Silva no seu discurso de vitória, referindo-se a Jair Bolsonaro. “Em qualquer lugar do mundo, o presidente derrotado já teria ligado e reconhecido a vitória”.

Esta é, aliás, uma situação que há muito tem sido equacionada pela imprensa internacional. Há uma possibilidade de o atual Presidente brasileiro não aceitar os resultados das eleições.

Até agora, Bolsonaro tem questionado o processo eleitoral, criticando o voto eletrónico e lançando suspeitas sobre uma eventual adulteração dos resultados.

Embora não tenha revelado o teor da conversa com Bolsonaro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral disse estar convencido de que o líder da extrema-direita aceitará o resultado, apesar de muitas vezes ter insinuado que poderia não o fazer em caso de derrota.

“Não creio que tenha havido qualquer problema”, mas “se houver alguma disputa, desde que dentro do jogo eleitoral, ela será tratada como convém a um Estado de Direito”, disse.

Certo é que os apoiantes de Bolsonaro não parecem aceitar os resultados. Nas redes sociais, os seus apoiantes apelam a manifestações e fechos de estradas — algo que já aconteceu, por exemplo, no estado do Mato Grosso.

Daniel Costa, ZAP //

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4 Comments

  1. É engraçado quando ganha não há fraude, mas quando perde já fraude eleitoral-Pelos vistos a democracia ´+e boa quando se ganha, mas quando se perde é uma chatice!

  2. Outra atitude não era de esperar deste Trump de segunda. Resta saber qual o posicionamento dos militares no contexto do momento. Este senhor não era um capitão do exército? Adolf Hitler não era também capitão? Serão coincidências?
    Ainda há esperança de o Brasil saír deste marasmo político-social e saír tanto de vias de corrupção como de autoritarismos, para uma democracia e um desenvolvimento que faça jus à riqueza do país!

    • Hitler não era capitão, era cabo. Mas concordo com a sua análise. Renasce a esperança de um futuro melhor para o Brasil e para o Mundo, agora que o moleque birrento perdeu o poleiro.

  3. Talvez seja provável que esteja a preparar alguma “Trumperie” , como se costuma dizer a noite é boa conselheira . A mente deste Alucinado , deve estar em ebulição a estudar qual ação Maquiavelista a melhor para poder atuar . Pobre Brasil em risco de uma guerra civil ! ……… todos armados até aos dentes exortava este “Diabólico Cristão” e seus Fanáticos seguidores!

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