A empresa portuguesa Feedzai implementou a “Licença de Saúde Mental e de Menstruação”, que dá a cada funcionário um dia por mês .
A empresa portuguesa de gestão de risco financeiro Feedzai implementou uma “Licença de Saúde Mental e de Menstruação”, que dá um dia de férias por mês cada trabalhador. A empresa também já implementou a semana de trabalho de quatro dias, em agosto de 2021.
O dia de férias não tem impacto no salário e está destinado a cuidados relacionados com a “saúde física e/ou mental, e/ou sintomas relacionados com a menstruação ou menopausa”, lê-se no comunicado da empresa.
A Feedzai tem mais de 600 funcionários no mundo e deverá dar este dia aos trabalhadores sem que seja necessário um atestado médico ou mesmo especificar o motivo do pedido de licença. “Quaisquer pedidos serão concedidos automaticamente após a sua receção”, garante a empresa, segundo o Público.
“Estamos a implementar este novo benefício porque reconhecemos que algumas das nossas pessoas podem estar a sofrer de sintomas relacionados quer com a sua saúde mental, TPM, menstruação ou menopausa, que podem afetar a sua capacidade de trabalhar”, indica Dalia Turner, vice-presidente dos Recursos Humanos da Feedzai.
“Sabemos também que a saúde mental e a menstruação podem ser um tema desconfortável ou mesmo tabu no local de trabalho. Ao implementar este benefício, queremos iniciar a conversa, para eliminar o estigma e assegurar que os nossos funcionários sabem que estes tópicos não são motivo de vergonha”, acrescenta.
Dalia Turner sublinha ainda que, para além desta licença, também está a ser dada formação aos gestores de forma a “melhor apoiarem as suas equipas“.
A empresa inclui dados relativos à saúde mental no comunicado onde apresenta a licença, salientando que, de acordo com a Harvard Business Review, metade dos millennials e 75% da Geração Z deixaram o trabalho “por motivos associados à saúde mental, tanto voluntária como involuntariamente”.
A Feedzai realça ainda que “em Portugal, uma em cada dez mulheres sofre de endometriose”. “De acordo com dados da Organização Mundial de Endometriose, existem 176 milhões de pessoas que sofrem com a doença em todo o mundo”.