Clínica envia medicação para um Estado vizinho. E não há consultas presenciais.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América avançou mesmo com a reversão do direito federal ao aborto.
A decisão foi tomada em Junho, no famoso processo Roe v. Wade, que vigorava desde 1973 – e garantia o direito federal ao aborto durante os dois primeiros trimestres da gravidez.
Cerca de um mês depois, Indiana foi o primeiro Estado a aprovar legislação restringe o aborto. O primeiro de vários, já que cedo se estimou que metade dos 50 Estados iria seguir esse rumo.
O Arizona tomou a mesma decisão, há duas semanas, mas uma clínica encontrou maneiras de “fugir” a essa nova lei.
O jornal The Washington Post relata que a Camelback Family Planning, em Phoenix, adoptou um método novo nesta segunda-feira.
As mulheres que querem realizar um aborto recebem receita para a medicação necessária numa consulta à distância – e numa consulta realizada por um médico de outro Estado, a Califórnia.
Depois é preciso receber a medicação: é enviada para uma cidade também da Califórnia, ou do Novo México, os Estados que estabeleceram acordo com Arizona.
O processo é gratuito, para as mulheres com mais dificuldades financeiras; recebem ajuda da organização Abortion Fund of Arizona.
No Arizona o aborto só é permitido se a mulher estiver em perigo de vida por causa da gravidez. Em todos os outros casos passa a ser permitido.