Os líderes do Pentágono reúnem na próxima semana para discutir a crescente ameaça originada pelas novas armas espaciais da Rússia e pela China.
Durante o encontro, agendado para 06 e 07 de setembro, será discutido o impacto do “desenvolvimento de sistemas de bombardeamentos orbitais fracionários e de armas espaço-terra” por parte da China e da Rússia na estabilidade estratégica dos Estados Unidos (EUA), bem como as opções de resposta dos norte-americanos.
Segundo a agenda, avançada pela Defense News, estarão presentes os principais líderes do Departamento de Defesa dos EUA, incluindo o Secretário da Defesa Lloyd Austin e a Secretária Adjunta da Defesa Kathleen Hicks. A reunião contará com o Conselho de Política de Defesa, composto por antigos oficiais de segurança nacional.
De acordo com o Space.com, tanto a Rússia como a China continuam a desenvolver e a testar novas tecnologias no espaço que podem ultrapassar a capacidade que os EUA têm de identificar, seguir ou defender-se.
Em outubro de 2021, a China testou um Sistema de Bombardeamento Orbital Fracionado (FOBS), uma plataforma que permite colocar armas e veículos de planar hipersónicos em “órbita baixa” até que fiquem acima dos seus alvos. Tal plataforma pode desafiar os atuais sistemas de reconhecimento.
A China testou ainda uma série de ferramentas anti-satélite, incluindo naves espaciais que conseguem “agarrar outros satélites” e levá-los para fora de órbita, mísseis anti-satélite lançados a partir do solo e armas de energia dirigida, como lasers.
Já a Rússia tem vindo a desenvolver e a colocar em uso os seus próprios sistemas espaciais de armamento e sistemas anti-satélite, incluindo satélites que disparam contra outras naves. Em novembro de 2021, a Estação Espacial Internacional teve que executar uma manobra evasiva após um teste russo com mísseis anti-satélite ter originado centenas de milhares de destroços espaciais.
