Governo não prolonga situação de alerta no país. Há mais de 80 concelhos em perigo máximo

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José Sena Goulão / LUSA

José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna

Governo decidiu não prolongar a situação de alerta no país, em função do “quadro de melhoria significativa das condições meteorológicas”.

O Governo decidiu não prolongar a situação de alerta no país devido ao risco de incêndio florestal elevado, que termina a partir das 00h00 de quarta-feira, anunciou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna.

“Em função deste quadro de melhoria significativa a partir de quarta-feira das condições meteorológicas, entendemos que era possível aliviar as restrições associadas ao perigo de incêndios rurais e decidimos, por isso, não prolongar a situação de alerta para além das 24h00 do dia de amanhã [terça-feira]”, afirmou o ministro José Luís Carneiro, em conferência de imprensa.

O governante falou na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANEPC), e justificou a decisão com um regresso a um “quadro regular de verão, pese embora o quadro conhecido de todos de seca severa e seca extrema”.

Ainda assim, sublinhou que “a situação continua a exigir especiais cuidados” pelo que a ANEPC vai manter o país em alerta laranja em 16 distritos esta terça-feira, e em cinco distritos esta quarta-feira.

De acordo com José Luís Carneiro, o alerta laranja vai centrar-se “muito particularmente nos distritos do norte e do centro” do país.

O ministro adiantou ainda que vão manter-se em “funções de patrulhamento e fiscalização 300 patrulhas diárias da Guarda Nacional Republicana (GNR)”, a quem caberá a coordenação com “mais 300 patrulhas que integram várias entidades externas” como os municípios. “Ou seja, manter-se-á o patrulhamento dissuasor reforçado”, acrescentou o ministro.

A ANEPC fará também o pré-posicionamento de meios terrestres e aéreos consoante o risco no território e “manterá, como é regular, a sua avaliação diária para, em função das necessidades e das alterações das previsões meteorológicas, poder adaptar e ajustar a resposta às necessidades que venham a ser diagnosticadas e que resultam das condições no terreno”.

Mais de 80 concelhos em perigo máximo

Mais de 80 concelhos dos distritos de Vila Real, Aveiro, Bragança, Guarda, Coimbra, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro apresentam esta terça-feira perigo máximo de incêndio, indicou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA colocou também vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental em perigo muito elevado e elevado de incêndio rural.

De acordo com o instituto, o perigo de incêndio rural vai manter-se elevado em algumas regiões do continente, pelo menos até sábado.

O perigo de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis — vão de reduzido a máximo — e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê ainda céu pouco nublado para hoje, estando temporariamente muito nublado na faixa costeira, em especial a sul do cabo Mondego.

Na parte da tarde, o IPMA prevê um aumento temporário de nebulosidade no interior norte e centro, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros dispersos em zona de montanha, e trovoadas, que poderão ser secas.

Está também previsto vento fraco, do quadrante sul na região Sul até início da tarde, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, e por vezes forte de nordeste nas terras altas das regiões Norte e Centro, até meio da manhã.

A previsão aponta ainda para uma pequena subida da temperatura mínima, mais significativa nas regiões Norte e Centro, e uma descida da máxima na região Sul.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Em situação de “Alerta” , vê-se o que acontece ! ……… mas tudo bem , pode suspender a vontade , jà que as condições meteorológicas estão com toda a evidencia a nosso favor ! ….Jà agora ; há que deixar acabar de incendiar o resto do Pais !

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