António Cotrim/LUSA
Marta Temido durante conferência de imprensa
Cerca de oito em cada dez inquiridos considera que os centros de saúde e os serviços hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão pior ou iguais do que estavam antes da pandemia.
Enquanto 41% dos entrevistados responderam que os serviços pioraram (quatro em cada dez), 40% não notaram qualquer diferença face a 2019, revelou uma sondagem realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, divulgada esta quarta-feira.
Do universo de entrevistados, 15% acredita que o SNS melhorou face às condições e respostas pré-pandémicas. Para esta pergunta, foram apenas inquiridos os utentes que nos últimos dois anos foram atendidos em centros de saúde ou hospital público (79% da amostra total da sondagem da Cesop).
A sondagem mostrou que a popularidade da ministra da Saúde, Marta Temido, caiu para 22%.
Em junho, o relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde revelou que entre março de 2016 e março de 2022 houve um aumento de mais de 30 mil profissionais de saúde, embora as queixas sobre falta profissionais continuem.
As conclusões dessa análise apontaram para diminuição da produtividade e aumento contínuo do custo médio, devido à redução da carga semanal e ao acréscimo do absentismo. A isto soma-se a concorrência do sector privado.
O SNS está em derrocada. Por este caminho, daqui a uns tempo nem Santo António lhe vale. O tuturo será cada português com seguro privado de saúde e um pequenino SNS para os pobres deste país.
Seis em cada dez utentes dizem que o SNS está igual ou melhor do que antes da pandemia.