O Presidente dos Estados Unidos referiu quarta-feira que continua comprometido com a reativação do acordo nuclear com o Irão e que não descarta uma ação militar como “último recurso”, caso Teerão continue a avançar para a arma nuclear.
Joe Biden falava a uma televisão de Israel, numa entrevista transmitida logo após a sua chegada aquele país na quarta-feira, no início de uma viagem ao Médio Oriente que terá também paragem na Arábia Saudita.
Israel, um forte opositor do acordo nuclear com o Irão de 2015, saudou a decisão do anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que retirou unilateralmente o país do acordo, levando ao desmoronamento deste.
O atual chefe de Estado norte-americano considerou esta decisão um “erro gigantesco”, apontando que o Irão acelerou o seu programa nuclear desde a retirada dos EUA do acordo.
“Eles estão mais perto de uma arma nuclear atualmente do que antes”, lembrou.
O Irão insiste que o seu programa é para fins pacíficos, embora especialistas da ONU e agências de inteligência ocidentais digam que o Irão tinha um programa nuclear militar organizado até 2003.
O acordo nuclear suspendeu as sanções ao Irão em troca de limites estritos e monitorização das suas atividades nucleares. Biden reiterou que os EUA não permitiriam que o Irão obtivesse uma arma nuclear e disse que usaria a força militar como “último recurso”.
No entanto, recusou-se a comentar sobre qualquer discussão com Israel sobre o uso de força militar contra o Irão.
Na mesma entrevista, Joe Biden garantiu que irá trabalhar com quem for eleito como o próximo primeiro-ministro de Israel, até mesmo com Benjamin Netanyahu, com quem teve relações tensas.
“Estamos comprometidos com o Estado, não com um líder individual”, vincou o Presidente norte-americano.
Na entrevista, Biden também descartou alguns parlamentares democratas que se opuseram a fornecer assistência de segurança a Israel, devido ao tratamento dado aos palestinianos.
“Há poucos destes [democratas]. Acho que eles estão errados e a cometer um erro. Israel é uma democracia. Israel é nosso aliado. Israel é um amigo. E não peço desculpas pelo que fornecemos”, atirou.
É a primeira vez que Joe Biden visita o Médio Oriente desde que se tornou Presidente dos Estados Unidos da América e em Israel as discussões vão centrar-se sobretudo no Irão e na relação antagónica entre o Estado judaico e Teerão.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, adiantou que Biden “não fará uma proposta formal sobre o lançamento de uma nova iniciativa de paz” para o conflito israelo-palestiniano, optando antes por “encorajar os lados a encontrarem um caminho ou avançar passo a passo em direção a uma visão que funcione para israelitas e palestinianos e para toda a região como um todo”.
O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, avisou que a viagem de Biden, que inclui também a Arábia Saudita, não trará segurança a Israel, um país considerado inimigo pela República Islâmica do Irão.
NATO do Médio Oriente
O projeto de uma aliança militar anti-Irão, semelhante à NATO, é também um aspeto central da visita do Presidente norte-americano à Arábia Saudita, na sexta-feira e após uma passagem por Israel, país entusiasta deste projeto.
A confirmação surgiu logo no início do périplo de Biden na tarde de quarta-feira em território israelita, com o primeiro-ministro interino Yair Lapid a considerar de imediato que os EUA e Israel devem restaurar “uma forte coligação mundial” contra o Irão.
Previamente, o ‘site’ iraniano Iran Emrooz (Irão Hoje, em persa) recordava que após a sua deslocação aos Emirados Árabes Unidos (EAU) em 23 de junho, o rei Abdullah II da Jordânia declarou em entrevista ao ‘media’ norte-americano CNBC que o seu país vai apoiar a formação de uma aliança militar, com características semelhantes às da NATO, entre os países aliados do Médio Oriente.
O líder jordano afirmou que seria “um dos primeiros a apoiar o lançamento de uma NATO no Médio Oriente” e sublinhou a necessidade de a aliança se dotar de uma “missão muito, muito clara”, para evitar “confusões”.
A eventualidade desta nova aliança, uma “NATO árabe” como já foi designada, reveste-se de maior significado pela eventualidade de incluir Israel, numa comprovação da reaproximação entre o Estado judaico e diversos vizinhos árabes.
No final de junho, o ministro da Defesa israelita Benny Gantz anunciou que Israel se juntou à Middle East Air Defense Aliance (MEAD), uma rede patrocinada pelos Estados Unidos, mas sem especificar o envolvimento de países árabes.
O projeto de uma “NATO árabe” poderá ser justificado por diversos fatores, em particular o facto de os Estados Unidos, considerados um decisivo “garante de segurança”, estarem a retirar-se progressivamente da região desde há alguns anos.
Os analistas que acompanham a região afirmam na ocasião que uma “aliança defensiva” incluiria certamente os Estados que normalizaram as relações com Israel. Neste sentido, o objetivo também pode consistir na integração do Estado judaico numa aliança militar do Médio Oriente com alguns Estados autocráticos árabes, e tendo sempre como objetivo conter o Irão e aliados.
Um projeto que daria continuidade ao reforço dos laços entre israelitas e vizinhos árabes, iniciados com os designados Acordos de Abraão de 2020 – que englobam os EAU, Bahrein, Sudão e Marrocos – e a consequente “normalização” de relações, mas sem excluir o Egito e a Jordânia, com quem Israel já mantém laços diplomáticos, respetivamente desde 1979 e 1994.
Arábia Saudita, Omã, Qatar e Kuwait também poderão desempenhar uma função nesta aliança em vias de ser delineada, e que contaria certamente com o envolvimento dos Estados Unidos.
A persistência de demasiadas diferenças entre os aliados potenciais deverá comprometer no imediato a formação de uma nova coligação. A nova aliança decerto que se limitará à criação de um sistema coletivo de defesa antiaérea, ao deslocamento de radares e à elaboração de um sistema de alerta na região do Golfo Pérsico. Mas excluindo para já forças terrestres, navais ou aéreas.
A fundação de uma “NATO do Médio Oriente” necessita de posições unânimes. Por exemplo, Israel define de “terrorista” o movimento palestiniano Hamas, enquanto a maioria dos países árabes o consideram um “movimento de resistência”. Os Estados Unidos, a Jordânia e outros países não consideram a Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista, ao contrário do Egito, da Arábia Saudita e dos EAU.
Os analistas admitem que, perante este cenário, o Irão procure por todos os meios impedir a concretização desta aliança, e tente encontrar as falhas possíveis no projeto de defesa antiaérea que se perspetiva.
Em termos estritamente geopolíticos, e para além do regime de Teerão, não se prevê que o eventual embrião de uma “NATO do Médio Oriente” – que poderá estender-se a uma “NATO do Pacífico” –, inclua pelo menos no curto prazo países ou entidades árabes como a Argélia, Tunísia, Líbia, Palestina, Síria, Líbano, Iraque, Iémen, ou mesmo as estratégicas Eritreia ou Djibuti. E sem referir a Turquia, um país “não árabe”, como o Irão, e envolvido numa redefinição das suas estratégias na região.
Este tem que arranjar guerras… tem material belico para venda…qualquer dia faz saldos..
Só tonterias. Tenha juízo. Se não sabe do que fala, poupe-nos às suas alucinações.
Ainda vais ter que esperar… cérebros ainda não se vendem…
Atrasado. Coreia do Norte (Israel, Rússia etc) podem ter armas nucleares. Irão não.
Vou acreditar no senil se primeiro atacar a Coreia do Norte.
Mas lá não tem óleo. Mas Irão ameaça Israel!
Mas Coreia do Norte ameaça o mundo inteiro.
Ah, deixem estar. Nós somos demasiado “intellectuels” para isso.
Ah e tal, os Democratas são das paz… ( para enterrar os cadáveres)! Já o Obama foi o premio Nobre da Pas….
Sr Biden, vá para casa gozar a sua reforma e se não for muito incomodo e quiser ser algum dia recordado por um bom motivo páre de alimentar guerras e faça alguma coisa pela paz.
É muito triste ver uma pessoa da 3ª idade; idosos como habitualmente se diz, alimentar ódio e guerra.
Você já viveu quase até aos 80anos e com a sua atitude de “rei todo poderoso” não pensa nas crianças, jovens e todos os outros que também gostariam de viver em paz. Consegue dormir tranquilo? Espero bem que não!!!!
a união europeia foi na “conversa” e o euro já está debaixo da “pata do dólar”
Pois é ele quer é guerras…tem as armas para vender.
Mas ainda não invadiu nenhum Pais como fez a Rússia
No entanto, já o fez quando era vice-presidente.
Se for como o apoio que tem dado á Ucrânia bem o Irão pode dar gargalhadas de riso.
Não vi a fazer o mesmo quando Israel construiu a suas armas nucleares, contra a revelia do mundo!…
Mas Israel pode, os novos nazis!..
Como eu sei que há por aqui muitos iluminados com a mania que percebem alguma coisa disto, porque os media que são propriedade de todos estes “senhores”, ou se não o são diretamente estão sob alçada desses dos grandes grupos, vou deixar a minha opinião e que vale aquilo que vale. Se quiserem continuara a creditar na “democracia” e em todas as tretas e fantochadas que vos dão à colherada nos últimos 20 anos, o problema é vosso.
Todos criticaram Trump, mas a verdade é que sob a alçada do “Trump louco”, as forças militares foram retiradas dos Países que eles mesmo invadiram sob o pretexto de estarem a “defender o mundo”, pela primeira vez a Coreia do Norte parou com ensaios nucleares e estava aberto a negociação, não houve ataques terroristas nem guerras em grande escala. Retirado Trump com uma eleição, essa sim comprovadamente manipulada e com uma história inventada sobre ter causado um ataque ao Capitólio, foi para lá este fantoche, que não vai cá andar muitos anos e que mergulhou os EUA e o mundo numa falésia sem fundo. Hillary queria fazer o mesmo mas perdeu nas urnas, ela mesmo disse ainda nem era presidente e que o primeiro passo seria guerra com o Irão. Enquanto estes “heróis” defendem o mundo o povo paga a fatura e aponta o dedo a quem não é o culpado. A guerra da Ucrânia é o maior exemplo disso e mas se seguiram. Enquanto não abrirem os olhos de uma vez e começarem a ver quem tem a ganhar e quem está realmente a ganhar.
Pinga da boa!…
J. Galvao, a fofinha Fa nao deve estar muito atenta a historia, o fofinho Americano desde sempre, isto é, ainda na escola e ja gostava de invadir a privacidade d(a)os outros e era velo d Colt na mão a garimpar terrenos dos outros mesmo que tivesse de derrubar vidas, como alias aconteceu ao provocar a Rússia (quando estavam em manobras, tal como ha dias os fofinhos fizeram conjuntamente com um pais asiático ( assim como com outros ) para quem sabe a preparar se para invadir o Norte) a entrar na Ucrânia e logo iriam ver o que lhes aconteceria , e então começou a oferecer milhões, milhoes, milhoes, mas como durante quinze dias a UE nao estava bem a ver o filme os fofinhos trataram de convencerem alguns outros fofinhos de que as armas eram dos voluntários e nao da NATO, ate que perderam a vergonha e toca a enviar ( sempre a faturar) armas para atirar contra quem ??? imaginem , contra as suas propiás localidades, vilas, cidades, portos, caminhos de ferro, rodoviárias , pontes, pois quem ficou sem nada foram os Ucranianos e nao os fofinhos dadores ( faturando ) de aparelhos de morte, agora é velos a lutar pela partilha das riquesas e pelas obras de reconstruçao daquele Pais subjugado por um ator que ainda se esconde nos bastidores, nao deixando ver os adereços, e abatendo os colegas que lhe possam fazer frente ( ver ultimas noticias de demissão dos seus mais diretos . peçam a PAZ.
Maria Vieira?!