Equipa de Montenegro ganha forma: Moedas lidera Conselho Nacional. Rangel e Pinto Luz serão vices

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Estela Silva/Lusa

Luís Montenegro, novo líder do PSD, cumprimenta Paulo Rangel, eurodeputado e seu novo vice-presidente

Tarde ficou marcada pela aprovação, sem votos contra, da moção estratégica de Luís Montenegro, mais uma mostra da união que se vive no partido em torno do novo líder.

Após semanas de silêncio logo após a eleição interna, Luís Montenegro voltou a dirigir-se hoje aos congressistas e militantes do PSD na 40.º reunião magna do partido para anunciar as suas escolhas para os principais órgãos, os quais serão votados na manhã de amanhã. Das listas constam poucas surpresas face ao que havia sido anunciado ao longo dos últimos dias pela comunicação social, apesar dos esforços para manter o segredo.

Primeiramente, a Mesa do Congresso Nacional passa a ser presidida por Miguel Albuquerque, que substitui Paulo Mota Pinto e se fará acompanhar de José Manuel Bolieiro e João Manuel Esteves como vices. No que respeita ao Conselho de Juridição, passará a ser liderado por José Matos Correia, ao passo que a Comissão de Auditoria Financeira terá Nuno Liberato como presidente e Almiro Moreira e Fernando Angleu como vices.

Mas a equipa que mais surpreendeu, pelos nomes que inclui e pela importância que tem, é a que irá trabalhar mais proximamente com o novo líder. Luís Montenegro chamou para a sua direção Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes, António Leitão Amaro, Paulo Cunha e Inês Ramalho. Já expectável é o lugar de Hugo Soares como secretário-geral.

No que respeita aos órgãos que ficarão encarregues de, juntamente com a direção, preparar o programa eleitoral e as propostas do partido, destacam-se Pedro Reais no Movimento Acreditar e Pedro Duarte, antigo líder da JSD, no Conselho Estratégico Nacional (CEN). Carlos Coelho ficará encarregue de liderar a Academia de formação do PSD, enquanto Pedro Alves terá a seu cargo a responsabilidade de preparar as próximas eleições autárquicas.

A herança do passismo é reforçada no Conselho Nacional, já que na lista proposta por Luís Montenegro constam nomes como Maria Luís Albuquerque, Teresa Morais, Luís Menezes, Pedro Calado e Pedro Nascimento Cabral.

Antigos opositores na direção

A presença dos nomes de Paulo Rangel, eurodeputado e opositor de Rui Rio nas eleições internas de dezembro de 2021, e de Miguel Pinto Luz, candidato à liderança do partido em 2019 contra Rui Rio e Montenegro, na lista de vices-presidentes foi uma das grandes surpresas do segundo dia de Congresso, reforçando a intenção expressa anteriormente por Montenegro de ouvir todas as opiniões nesta nova fase da vida do PSD, contrastando com o período liderado por Rui Rio.

Deixando antever o anúncio que minutos depois havia de ser feito, Miguel Pinto Luz subiu esta tarde ao púlpito do Pavilhão Rosa Mota, no Porto, para deixar uma mensagem de união, afirmando-se “montenegrista“.

“Sou cavaquista, sou passista, até era rioísta, e agora sou, acrescento, montenegrista”, disse o vice-presidente da Câmara de Cascais, para de seguida dar mostras do seu contentamento por ver caras que já não via “há muito”. Apesar do discurso de teor positivo, não deixou de aproveitar a ocasião para deixar críticas ao presidente cessante, explicando que as divisões internas nunca deveriam ter sido usadas como “desculpa” para justificar o estado do partido e os maus resultados eleitorais.

“Passou a ser desculpa para quase tudo. Permitam-me discordar e muito. O problema do PSD nunca foi o excesso de debate, o problema foi ao contrário, foi acabar com essa diversidade. Foi promover uma espécie de pureza ideológica. Foi perder mais tempo a convidar a sair do que a convidar outros para entrar por aquelas portas, a criticar os nossos do que a fazer oposição ao Governo lá fora“, atirou.

Da restante lista de vices-presidentes destacam-se ainda Margarida Balseiro Lopes, antiga líder da JSD e deputada na Assembleia da República, António Leitão Amaro, antigo secretário de Estado da Administração Local e Paulo Cunha, líder da distrital de Braga.

Pondo fim às leituras de que Luís Montenegro será um presidente temporário e que Carlos Moedas representa invariavelmente o futuro do PSD, o atual presidente da Câmara de Lisboa também encabeça uma das listas propostas por Montenegro, desta feita ao Conselho Nacional. Como vices terá as duas antigas ministras Maria Luís Albuquerque e Teresa Morais.

Na sua intervenção, Carlos Moedas mostrou-se totalmente alinhado com o novo líder, enaltecendo as suas melhores qualidades. Tens fibra de líder. A tua calma, a tua capacidade de criar pontes, a tua capacidade de ouvir são únicas e tenho prova disso. E eu estou aqui para o que der e vier”, anunciou o autarca de Lisboa, lembrando precisamente a vitória frente a Fernando Medina nas últimas autárquicas. “Ganhei há oito meses e o PS ainda não acredita“, atirou.

Outro dos momentos altos da tarde não teve que ver com anúncios de nomes, mas com resultados concretos. A moção estratégica de Montenegro foi aprovada sem votos contra e com apenas duas abstenções, numa prova de que a união não está a valer apenas para galvanizar congressistas com discursos apelativos, mas será a marca do futuro do PSD com Montenegro ao leme.

ZAP //

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3 Comments

  1. MENTEPEGRO UMA PÁGINA DAS MAIS NEGRAS DO NOSSO PAÍS. CUIDEM-SE. VEM AÍ O ULTRALIBERALISMO. UMA CÓPIA DO ENTÃO PAZZOS , DAS PROMESSAS, DO RETROCESSO, DO DESEMPREGO, DOS IMPOSTOS, DO ATAQUE ÀS REFORMAS DOS REFORMADOS. DA EMIGRAÇÃO , DE UM PAÍS PARADO SEM FUTURO. UMA MANCHA BEM NEGRA QUE DEIXOU AS PIORES RECORDAÇÕES AOS PORTUGUESES.

  2. O Montedegredo o palrador do engano. O palavreado da mentira com muita parra e sem uva. A tua maioria não passará duma minoria.

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