O Japão precisa que mais mulheres e cidadãos maiores de 65 anos trabalhem para manter o atual ritmo de crescimento nas próximas cinco décadas, mostra um relatório do governo divulgado esta quinta-feira.
O texto, publicado pelo Conselho de Política Económica e Fiscal e cujo conteúdo foi adiantado pelo diário Nikkei, diz que o país necessita que a quota de mulheres e seniores empregados aumente 5%, para que o Produto Interno Bruto cresça entre 1,5% e 2% ao ano nos próximos 50 anos.
O documento sugere que, a médio e longo prazo, a percentagem de mulheres nos cargos de gestão atinja 30% (meta que foi fixada pelo atual governo para 2020), acima dos atuais 10%.
Além disso, o estudo recomenda expandir as oportunidades de carreira para o sexo feminino, além dos cargos considerados tradicionais, e destaca a necessidade de alterar os benefícios fiscais e no que toca às pensões existentes no Japão para as famílias nas quais a mulher não está empregada, de modo a incentivá-las a entrar no mercado de trabalho.
Para os cidadãos maiores de 65 anos, o relatório sugere que seja permitido aos funcionários das empresas permanecer nos postos de trabalho o tempo que desejarem.
O estudo prevê que entre 2031 e 2060 a escassez da mão de obra no Japão reduza o crescimento económico em 0,3% ao ano.
De acordo com o levantamento, se todos os jovens que querem casar-se o fizerem, e se o ambiente for propício a terem mais de dois filhos por casal, a população poderá manter-se em 100 milhões de habitantes (o número ideal, segundo o painel que elaborou o texto) daqui a 50 anos.
As previsões do governo japonês indicam que a população do arquipélago, atualmente estimada em 126 milhões de habitantes, deverá diminuir para 87 milhões em 2060.
ZAP / ABr