Segundo o mais recente relatório de Inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido, a população de Mariupol está em risco de enfrentar um “grande surto de cólera”.
O relatório divulgado esta sexta-feira dá conta de que já foram detetados casos isolados de cólera ainda em maio. Ao que tudo indica, a Rússia está com dificuldades em fornecer serviços básicos à população nos territórios por si ocupados, como água, luz, e saúde pública.
“O acesso a água potável tem sido inconstante, e as cidades continuam com dificuldades no acesso a serviços de internet e telefone”, lê-se no relatório britânico.
Provavelmente também há uma escassez crítica de medicamentos em Kherson, disse o Ministério da Defesa.
A última vez que a Ucrânia sofreu uma grande epidemia de cólera foi em 1995, porém pequenos surtos têm acontecido desde então.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine – 10 June 2022
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— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 10, 2022
Este sábado, os separatistas pró-russos da autoproclamada República Popular de Luhansk asseguraram que estão a negociar a saída dos civis bloqueados na fábrica de produtos químicos de Azot, em Severodonetsk, com os militares ucranianos que lá se mantêm.
“Estabelecemos contacto com os combatentes, estamos a negociar a saída segura de civis do território da fábrica”, disse o “embaixador” na Rússia da região separatista, Rodion Miroshnik, na sua conta do Telegram.
De acordo com o pró-russo, estão atualmente bloqueados na fábrica “entre 300 e 400 combatentes ucranianos”.