Mísseis atingiram Kiev ao início da manhã de domingo, o primeiro ataque desde o fim de abril, com o Presidente russo a avisar que poderá alvejar novos locais se o Ocidente fornecer à Ucrânia projéteis de longo alcance.
As câmaras de videovigilância da central nuclear do Sul da Ucrânia, no distrito de Mikolaiv, captaram a passagem de um projétil a baixa altitude às cinco e meia da manhã de domingo. Meia hora depois, quatro mísseis caíam em dois bairros de Kiev, provocando danos materiais e pelo menos um ferido, noticiou o Público.
O último ataque a Kiev foi a 28 de abril. O Ministério da Defesa russo indicou que o local atacado era utilizado para armazenar tanques de guerra e carros de combate fornecidos à Ucrânia pelos países ocidentais. As autoridades ucranianas, por seu lado, disseram que o edifício era uma oficina de reparação ferroviária.
“Não temos nenhuma maquinaria militar na nossa fábrica”, afirmou o presidente dos caminhos-de-ferro ucranianos, Oleksander Kamishin, referindo que no local apenas havia “carruagens de carga que servem para exportar cereais e ferro” e convidando os jornalistas a visitarem as instalações “para provar que os russos mentem”.
A Força Aérea ucraniana avançou os mísseis foram disparados a partir de bombardeiros russos no Mar Cáspio, a mais de 1500 quilómetros de distância.
Horas após Poucas o ataque, o canal de televisão Rossiya-1 divulgava o excerto de uma entrevista em que Vladimir Putin adverte o Ocidente: “Vamos tirar conclusões e empregar as nossas armas, que temos em quantidade suficiente, para atacar objetivos que até agora não temos atacado”.
Para Putin, os países que fornecem armas à Ucrânia querem somente prolongar a duração da guerra. “Na minha opinião, todo este espalhafato sobre entregas adicionais de armamento tem como único objetivo prolongar o conflito armado pelo maior tempo possível”, afirmou.
Ucranianos controlam “metade” de Severodonetsk
A Ucrânia assegurou que as suas forças controlam “metade” de Severodonetsk, uma cidade-chave do leste e epicentro de combates intensos em Donbass. “As nossas forças armadas libertaram metade” deste centro industrial das tropas russas, disse o governador regional de Lugansk, Sergei Gaidai, numa entrevista publicada nas redes sociais. “Metade da cidade está sob o controlo dos nossos defensores”, acrescentou.
No domingo, Gaidai afirmou no Telegram que “os russos controlavam cerca de 70% da cidade, mas nos últimos dias foram derrotados e obrigados e retirarem-se. “A cidade está dividida em duas, têm medo de circular livremente”, apontou.
Severodonetsk é um importante centro industrial e a maior cidade ainda em mãos ucranianas na região de Lugansk, onde os soldados russos têm vindo a avançar passo a passo nas últimas semanas, após a retirada ou a expulsão de outras partes do território ucraniano, incluindo as áreas em redor da capital, Kiev.
“Nos próximos cinco dias, haverá um forte aumento do número de bombardeamentos de artilharia pesada” pelos russos, concluiu Gaidai. Já o Ministério da Defesa russo afirmou no sábado que as tropas ucranianas “sofreram perdas importantes na luta por Severodonetsk” e que estavam a retirar-se para Lyssychansk.
Zelenskyy visita tropas na linha de frente
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, informou no domingo que esteve em Lysychansk e Soledar, cidades próximas da região onde decorrem os combates mais intensos entre as tropas ucranianas e russas. Lysychansk fica a apenas alguns quilómetros a sul de Severodonetsk, onde a Ucrânia diz ter vindo a recuperar terreno.
Em dois vídeos divulgados mais tarde, Zelenskyy aparece a conversar com vários soldados ucranianos que estão confinados em estruturas semelhantes a bunkers.
O gabinete do chefe de Estado disse que, no domingo, este esteve na linha da frente na região de Zaporizhzhia que está, em grande parte, sob o domínio russo.
Reino Unido prepara envio de rockets
Em coordenação com os Estados Unidos (EUA), o Reino Unido enviará sistemas lançadores de rockets de longo alcance para a Ucrânia, anunciou esta segunda-feira o governo britânico, citado pelo Público.
Trata-se de um sistema lançador de rockets M270, que permite lançamentos múltiplos, localizados e guiados por GPS, que podem atingir alvos até aos 80 quilómetros de distância.
Os sistemas do Reino Unido e dos EUA – Himars, modelos mais evoluídos mas com funções semelhantes aos M270 – pretendem ser complementares. A Grã-Bretanha não disse quantos sistemas M270 ia enviar.
A Rússia prossegue com a Nobre Tarefa de livrar a Europa do jugo Americano e da pérfida NATO.
Dizem alguns, mui sábios, que Vêem Mais Longe…
Cuidado com essa ironia refinada, alguns poderão pensar que estás a falar a sério!…