Pedro Soares dos Santos, da Jerónimo Martins, é o CEO português que mais ganha em comparação com os seus trabalhadores, com uma discrepância salarial de 263 vezes.
O fosso entre os salários dos chefes executivos das grandes empresas e os seus funcionários é cada vez maior. Uma análise da revista Proteste Investe, da DECO, concluiu que os presidentes das principais empresas portuguesas cotadas na bolsa ganharam, em média, 32 vezes mais do que os trabalhadores em 2021.
No topo da lista está Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, que no ano passado ganhou mais de três milhões de euros, o que se traduz num aumento de 19,3% em relação a 2020, escreve a Renascença.
O salário de Soares dos Santos é 263 vezes maior do que a média do vencimento dos seus trabalhadores e este valor não inclui os 9,3 milhões de contribuições extraordinárias para o plano de pensões que o CEO recebeu.
No segundo lugar desta lista surge Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, que teve um salário 77 vezes superior à média dos funcionários. Gonçalo Moura Martins, da Mota-Engil, aparece no terceiro lugar, tendo ganhado 73,3 vezes mais do que a média dos ordenados pagos pela empresa.
A DECO analisou 14 das 15 empresas cotadas na bolsa e outras três (Cofina, Impresa e Novabase) e notou que a discrepância nos salários entre a base e o topo da pirâmide é superior a mais de 20 vezes em 11 das empresas e esta assimetria está a crescer — com o rácio a passar de 29,6 para 32,2 entre 2020 e 2021.
A explicação para esta subida está, em parte, no aumento da remuneração variável dos CEO na Mota-Engil, Navigator, BCP, Impresa, EDP, Sonae e Semapa, que pode subir de acordo com a melhoria dos resultados das empresas.
No entanto, o vencimento médio dos restantes trabalhadores subiu apenas 2,7% no mesmo período.
Na… alguma vez??
Não pode ser…