DCIAP faz buscas em casas de Manuel Pinho

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José Sena Goulão / Lusa

O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal realizou buscas no âmbito do processo EDP/CMEC esta quarta-feira. O antigo ministro da Economia Manuel Pinho e a sua mulher voltam ser o principal alvo.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a realizar buscas domiciliárias em apartamentos localizados em Lisboa no âmbito do processo EDP/CMEC.

“No âmbito do designado Processo EDP/CMEC, dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), realizaram-se sete buscas domiciliárias em apartamentos localizados em Lisboa”, lê-se na nota, publicada no site do DCIAP.

“Estas diligências de recolha de prova, presididas pelo Ministério Público, foram operacionalizadas pela equipa multidisciplinar de investigação privativa do DCIAP, a SIATID (Secção de Investigação, Análise e Tratamento de Informação Digital), constituída por elementos de diversos Órgãos de Polícia Criminal”, esclarece ainda.

Fonte ligada ao processo revelou ao ECO que as buscas foram feitas a apartamentos pertencentes a Manuel Pinho.

Também o Observador apurou que as buscas foram realizadas nas casas da mulher do antigo governante, Alexandra Pinho, e tinham como objetivo procurar documentação e investigar a origem da aquisição dos imóveis.

Segundo o diário, a origem destas buscas está relacionada com a viagem que Pinho realizou, no início de fevereiro, entre o Algarve e Braga. O ex-ministro passou a prisão domiciliária de uma casa da família em Albufeira para uma quinta em Braga e, durante o trajeto, pediu para parar na capital, onde terá estado nos apartamentos em causa.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, no dia 11, o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do antigo ministro, que pretendia o fim da medida de coação de prisão domiciliária a que está sujeito desde dezembro.

Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.

No processo EDP/CMEC, o Ministério Público imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.

ZAP // Lusa

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3 Comments

    • Este gajo não é do governo!
      Passou num governo do Sócrates, mas “trabalhou” principalmente no BES… e de certeza absoluta que não foi com o dinheiro que ganhou enquanto esteve no governo que comprou o património que têm!!

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