O choro não acontece só quando estamos tristes — por vezes o nosso cérebro fica sobrecarregado com o stress ou com o combate a doenças e faz-nos largar algumas lágrimas.
Tem sido uma semana em grande e sente-se exausto e, subitamente, começa a lacrimejar com um anúncio de fraldas. Ou então está com uma constipação ou com o coronavírus e o facto do seu parceiro ter acabado com o leite só lhe dá vontade de chorar. Pode sentir-se triste por estar doente ou cansado, mas qual é a razão das lágrimas?
As lágrimas têm múltiplas funções psicológicas. As lágrimas agem como um indicador físico do nosso estado emocional e acontecem quando sentimos tristeza ou felicidade intensas.
Dentro dos nossos cérebros, as emoções fortes ativam a rede central autónoma. Esta rede divide-se em duas partes: o sistema simpático (que ativa a nossa resposta para lutar ou fugir quando nos apercebemos de perigo) e o sistema nervoso parassimpático, que restaura a calma no corpo.
As emoções fortes ativam o sistema simpático, mas quando choramos, o sistema parassimpático é atividade, o que nos faz sentir melhor.
O que acontece quando estamos stressados ou cansados?
Somos treinados desde tenra idade para controlarmos as nossas emoções. Por exemplo, chorar durante um filme triste não faz mal, mas chorar no trabalho é visto como menos aceitável.
O córtex pré-frontal, ou a parte racional do nosso cérebro, responde aos sinais emocionais libertados pela rede central autónoma, ajudando-nos a regular a resposta emocional para lidarmos com as nossas emoções de forma controlada. O córtex pré-frontal é como o principal processador de um computador.
Infelizmente, quanto mais stressados ou cansados estivermos, ou se passarmos por períodos prolongados de dor física ou emocional, o sistema simpático mantém-se ativado. O córtex pré-frontal fica sobrecarregado, como um computador que tem demasiados programas abertos ao mesmo tempo.
O cérebro torna-se menos capaz de regular as nossas emoções, o que causa respostas emocionais mais extremas, como o choro ou explosões de raiva. Podemos nem sequer perceber quão sobrecarregados estamos até começarmos a chorar por causa de um pequeno incidente.
Algumas pessoas choram mais que outras. As mulheres tendem a chorar mais do que os homens, apesar de não se saber até que ponto isto acontece por razões biológicas ou por causa das expectativas sociais.
As pessoas que têm avaliações mais altas nos traços de personalidade de empatia ou neuroticismo costumam chorar mais. Chorar em excesso também pode ser um sinal físico da depressão, porque o cérebro está sobrecarregado com dor emocional.
Qual é o objetivo das lágrimas?
Para além das razões psicológicas, as lágrimas também têm vários papéis sociais. Apesar da nossa sociedade poder desaprovar a expressão de emoções fortes, as lágrimas ajudam-nos a criar e suster laços sociais.
As lágrimas podem agir como um pedido de ajuda, mostrando visivelmente aos outros que não estamos bem e que precisamos de apoio. As lágrimas geralmente criar sentimentos de empatia nos outros, ajudando-nos a ligar-mo-nos. As lágrimas podem ocorrer quando sentimos uma empatia profunda por outra pessoa, chorando com ela.
Há também razões físicas para as lágrimas. Por exemplo, quando estamos cansados, trabalhamos mais para manter-mos os nossos olhos abertos, o que os seca mais. Os nossos corpos produzem as lágrimas para combaterem a secura.
Os olhos lacrimejantes também são comuns nas doenças respiratórias como as constipações, a gripe e o coronavírus. Quando temos uma infeção no corpo, os leucócitos são mobilizados para lutarem contra o bicho. Estes leucócitos extra podem inflamar os vasos sanguíneos nos olhos.
As lágrimas são uma parte natural de ser humano. Especialmente com a pressão que os últimos anos trouxeram, às vezes não há nada melhor do que uma boa sessão de choro para aliviar as emoções fortes.
ZAP // The Conversation
Eu pensava que a visão mecanicista da natureza tinha ficado lá atrás no Sec. 19. Essas ideias Darwinistas já ninguém leva a sério no meio científico.
Chateia me quererem sempre encher a boca de certezas reducionistas quando na verdade na maior parte destes temas a resposta mais honesta é “não sabemos”.
Acho que és o único que pensa assim por aqui. Darwinismo continua a explicar muitas das nossas evoluções.
Quando na ciência se diz “não sabemos” é porque já se está a estudar para se tentar explicar, apenas quer dizer que ainda não têm as resposta adequadas ao caso. Quando se anda na Faculdade aprendem-se estas coisas muito básicas.
Qual foi a filosofia, ou a forma de ver e entender a Natureza, que ultrapassou a visão mecanicista/Darwinista?