A Organização Mundial da Saúde (OMS) já convocou uma reunião de emergência devido aos surtos de varíola dos macacos que estão a aparecer em vários países. Portugal já assinalou 23 infectados e está no topo dos países com mais casos detectados.
Os 23 infectados com varíola dos macacos em Portugal estão todos concentrados na região da Grande Lisboa, conforme dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
A autoridade de saúde “está em contacto directo com o Infarmed, com peritos nacionais e instituições internacionais como a OMS, a fim de ser definida a melhor estratégia de controlo deste surto“, refere uma fonte da DGS ao Correio da Manhã (CM).
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, também nota, citado por este jornal, que Portugal tem “vacinas para a varíola na nossa reserva estratégica nacional e portanto estamos protegidos em relação a essa matéria”.
A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, acrescenta, em entrevista à RTP, que Portugal tem “uma reserva da vacina contra a varíola humana que foi adquirida no âmbito do bioterrorismo“.
“No entanto, depois dessa reserva já há vacinas de outra geração” e a DGS está “a ver se é pertinente ou não termos essa vacina de 3.ª geração“, nota Graça Freitas.
“Os peritos em vacinação estão a estudar as vantagens e desvantagens de utilizar o vírus da varíola humana, porque a vacina era feita antes da erradicação da doença, que aconteceu em 1980, e as vacinas estão feitas com esse vírus”, aponta ainda Graça Freitas.
Há infectados pelo vírus Monkeypox em 11 países
A OMS anunciou que há cerca de 80 casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox em 11 países, afirmando que estes surtos são atípicos porque estão a ocorrer em países não endémicos.
Em comunicado, a OMS adianta que está a trabalhar com os parceiros para entender melhor a extensão e a causa dos surtos de varíola dos macacos.
Espanha é o país do mundo com mais casos assinalados, com 30 infectados e 15 situações suspeitas. Portugal vem em segundo lugar com os 23 casos assinalados.
Em Madrid, foi identificado um surto da infecção associado a uma sauna que já foi encerrada pelas autoridades.
O Reino Unido já detectou 20 infectados, assinalado-se ainda casos em França, Itália, Bélgica, Alemanha, Suécia, EUA, Canadá e Austrália.
Segundo a OMS, há cerca de 80 casos confirmados até agora e 50 investigações pendentes. Mas “é provável que mais casos sejam reportados à medida que a vigilância se expande”, alerta a Organização.
A OMS sublinha que está a trabalhar com os países afetados e outros países para expandir a vigilância da doença, para encontrar e apoiar as pessoas que podem ser infectadas e fornecer orientações sobre como gerir a doença.
“Continuamos a convocar reuniões de peritos e grupos de assessoria técnica para partilhar informações sobre a doença e estratégias de resposta”, sublinha a OMS que continua a receber atualizações sobre o estado dos surtos de Monkeypox em curso em países não endémicos.
O vírus é endémico em algumas populações animais em vários países, levando a surtos ocasionais entre pessoas locais e viajantes. Mas “os recentes surtos registados até agora são atípicos, uma vez que estão a ocorrer em países não endémicos”, explica a OMS.
A entidade apelas às pessoas para se manterem informadas, através de fontes fiáveis, como as autoridades de saúde nacionais, sobre a extensão do surto na sua comunidade (se houver), sintomas e prevenção.
Adverte ainda que a resposta à doença deve focar-se nas pessoas infectadas e nos seus contactos próximos e lembra que “estigmatizar grupos de pessoas por causa de uma doença nunca é aceitável“.
“Pode ser uma barreira para acabar com um surto, pois pode impedir as pessoas de procurarem os cuidados de saúde, e levar a uma propagação não detectada”, alerta a OMS num comunicado.
ZAP // Lusa
Sempre em 1º lugar nas piores situações! Será força do destino como dizem alguns?
Mais um vez, não sabes ler – seráo o teu destino estares sempre a escrever disparates??
Nem por estar na notícia que a Espanha é o n°1!…
Alem de mais casos de Variola direi tambem que tem mais macacos