Neste primeiro trimestre, os grandes bancos portugueses duplicaram os seus lucros, em grande parte graças às comissões aplicadas.
À exceção do BPI, todos os grandes bancos portugueses apresentaram uma subida de lucros no primeiro trimestre — uma duplicação dos números apresentados no período homólogo, escreve o Expresso.
CGD, BCP, Santander, Novo Banco, BPI e Banco Montepio alcançaram um lucro de 617 milhões de euros entre janeiro e março deste ano. Um valor bem superior aos 287,5 milhões registados no mesmo período do ano passado.
Entre estes bancos, o Santander, a CGD e o Novo Banco foram os que reportaram os maiores lucros. Em contrapartida, o Montepio foi o que deu o menor contributo, ainda que tenha reportado um resultado positivo e melhor do que os prejuízos registados em 2021.
Segundo o semanário, a margem financeira, a diferença entre juros cobrados nos créditos e juros pagos nos depósitos, só não cresceu no Novo Banco.
No caso da Caixa Geral de Depósitos, o crescimento da margem financeira foi impulsionado pelos negócio em Moçambique e Angola. Por sua vez, o BCP beneficiou da Polónia, onde os juros diretores dispararam.
Mas, apesar das diferentes razões que levaram os bancos a registar bons resultados, há um ponto em comum: as comissões cobradas. A subida das comissões na colocação de fundos de investimento e seguros é uma das razões, escreve o Expresso.
Em quase todos os grandes bancos nacionais, o crescimento homólogo das comissões chegou aos dois dígitos. A exceção foi o Novo Banco, que se ficou pelos 9,6%.
Nestes bancos também houve uma diminuição da rubrica de imparidades e provisões, com menos dinheiro a ser alocado para eventuais riscos.