Os antigos romanos lavavam os dentes com urina. A melhor era de Portugal

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Carole Raddato / Wikimedia

Ilustração de uma reconstrução das latrinas comuns em Vercovicium.

Os antigos romanos usavam urina para branquear os dentes e evitar que se deteriorassem. A urina mais cara vinha de Portugal, já que se acreditava ser a melhor.

Provavelmente não imaginamos que os antigos romanos tivessem os maiores cuidados com a saúde oral. Todavia, a verdade é que há indícios de que havia algumas preocupações, uma das quais bem bizarra aos olhos de hoje: lavar os dentes com urina.

Os romanos acreditavam que a urina – tanto humana quanto animal – deixaria os seus dentes mais brancos e impediria que deteriorassem. Segundo o portal Ancient-Origins, usavam-na como elixir bocal e usavam-na nas misturas para fazer pasta de dentes.

A ideia não é tão descabida como parece. A urina é rica em minerais e produtos químicos importantes, como fósforo e potássio. Na altura, sem os recursos que dispomos atualmente, seria uma boa alternativa para ajudar a manter a saúde oral. Aliás, urina foi utilizada no fabrico de pastas de dentes e elixires até ao século XVIII.

Curiosamente, os romanos consideravam que a melhor urina — e, consequentemente, a mais cara — vinha de Portugal. Eles consideravam que a urina portuguesa era a mais forte e, por isso, a mais eficaz no branqueamento dos dentes.

A urina era tão popular na Roma antiga que até foi criado um imposto pelos imperadores romanos Nero e Vespasiano. O vectigal urinae foi criado para a recolha de urina em urinóis públicos.

Daqui nasceu a cláusula tributária pecunia non olet, que estabelece que, para o fisco, pouco importa se os rendimentos tributáveis tiveram ou não fonte lícita ou moral.

Os historiadores romanos Suetónio e Dião Cássio contam que quando Tito reclamou com o seu pai da natureza imoral do imposto e que fazia com que a cidade ficasse a cheirar mal, Vespasiano pegou numa moeda de ouro e disse Non olet (não tem cheiro).

Daniel Costa, ZAP //

6 Comments

    • realmente é uma nojeira…..mas ainda me lembro que quem tinha impinges na cara, ainda hoje aparece na pele, tratavam esse mal lavando a cara com urina logo de manha….a minha avo fazia isso. o certo é que resultava

  1. Quando se escreve para informar há que ter algum cuidado com aquilo que se diz.
    Na altura do Império Romano Portugal não existia pelo que era impossível que a urina procedesse de Portugal.
    Já quanto ao “vinha de” acho que seria mais “ia de”, pois se quem fala está aparentemente em Portugal a urina ia de cá e não vinha para cá.

  2. De facto a nós, hoje sim portugueses, só nos falta mesmo é pagar imposto por urinar!! Parece-me que os imperadores romanos eram ainda mais exploradores do que os nossos políticos. O dinheiro, na minha opinião, às vezes deveria feder mesmo para não ser tão cobiçado!!!

  3. realmente é uma nojeira…..mas ainda me lembro que quem tinha impinges na cara, ainda hoje aparece na pele, tratavam esse mal lavando a cara com urina logo de manha….a minha avo fazia isso. o certo é que resultava

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