De concertos a roulotes. A estratégia da Big Tech para convencer empregados a voltar ao escritório

As empresas de Big Tech estão a tentar convencer os seus trabalhadores a regressarem ao escritório, oferecendo-lhes enormes regalias.

A pandemia de covid-19 fez com que muitos países optassem pelo confinamento para travar a propagação da doença. O teletrabalho foi a solução para muitos trabalhadores que podiam desempenhar as suas tarefas a partir de casa. Muitos mostraram-se apreensivos, mas rapidamente se habituaram ao conforto do lar.

Eventualmente, o regresso ao escritório mostrou-se inevitável. A Google, por exemplo, quis facilitar ao máximo este processo de transição de volta à normalidade.

Desde roulotes de comida a concertos com artistas famosos como a rapper Lizzo, a empresa de Big Tech está a fazer tudo ao seu alcance para tornar o regresso dos trabalhadores ao escritório o mais agradável possível.

Os funcionários têm também indicações para não marcar demasiadas reuniões para um só dia, conta o The New York Times.

Quando a Microsoft reabriu os escritórios em Washington, no final de fevereiro, os funcionários foram brindados com música de bandas locais, degustação de cerveja e vinho e até aulas para fazer terrários.

A Qualcomm teve uma happy hour com o seu CEO, Cristiano Amon, com os trabalhadores a terem direito a comida, bebidas e t-shirts grátis.

 

A pandemia provou que estar no escritório não significa necessariamente maior produtividade, e algumas empresas continuaram a prosperar em teletrabalho. Ainda assim, muitas empresas querem os seus trabalhadores de volta ao escritório. A opção, por vezes, é o regresso parcial, duas ou três vezes por semana, por exemplo.

“Essas comemorações e regalias são um reconhecimento por parte das empresas de que sabem que os funcionários não querem voltar ao escritório, certamente não com tanta frequência quanto antes”, disse Adam Galinsky, professor na Universidade de Columbia.

As empresas estão, portanto, a optar por recompensar os trabalhadores por regressarem ao escritório em vez de os castigar por ficarem em casa.

Daniel Costa, ZAP //

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