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Tim Cook, CEO da Apple
O presidente da Apple, Tim Cook, assumiu publicamente a sua homossexualidade, afirmando que tem “orgulho em ser gay”.
O executivo não escondia a sua sexualidade, mas também mantinha o assunto sob “um nível básico de privacidade” até o momento. Tim Cook fez a revelação para tentar ajudar pessoas que enfrentam dificuldades com sua própria sexualidade, conforme afirma num artigo da revista Businessweek.
“Não me considero um ativista, mas percebo agora o quanto fui beneficiado por outros que o fizeram”, ele escreveu.
“Se ouvir que o presidente da Apple é gay pode ajudar alguém a aceitar quem é, ou se isso trouxer conforto a alguém que se sente solitário, ou inspirar pessoas a insistir na igualdade, vale a pena abrir mão da minha privacidade.”
Tim Cook explica que falava abertamente de sua sexualidade com muitas pessoas, incluindo os seus colegas da Apple, mas ainda assim diz que “não foi uma decisão fácil” anunciar publicamente a sua orientação sexual, apesar de garantir: “Tenho orgulho em ser gay, e considero-o uma das maiores dádivas que Deus me deu”. E continua, afirmando que ser homossexual trouxe-lhe um entendimento maior sobre o que significa fazer parte de uma minoria, assim como uma visão sobre os desafios que isso acarreta.
O CEO da Apple citou Martin Luther King, dizendo: “A questão mais urgente e persistente da vida é, ‘O que estás a fazer pelos outros?‘”
“Onde estão os gays?”
Em maio passado, uma reportagem do jornal The New York Times perguntou “onde estão os CEO homossexuais” e teve dificuldades para enumerar abertamente os executivos homossexuais que lideram as mil maiores empresas do país.
De acordo com Rory Cellan-Jones, correspondente de tecnologia da BBC, a notícia não foi uma surpresa em Silicon Valley ou no mundo empresarial americano.
“Sob o comando de Steve Jobs, a Apple era uma empresa que não tinha questões com nenhum tema que não fosse visto como relevante para seu negócio”, afirma Cellan-Jones.
“Tim Cook foi mais do que sincero quanto a várias questões relacionadas com isso, incluindo sobre direitos iguais para funcionários homossexuais, e, apesar de dizer que não se vê como um ativista, é assim que ele é visto por muita gente.”
Esta semana, Cook tinha feito um apelo para que o Estado onde nasceu, o Alabama, garanta direitos de homossexuais e transgéneros. O empresário disse que a criação de garantias para os direitos de minorias étnicas e de pessoas baseados na sua orientação sexual tem sido muito lenta.
“A lei do Alabama ainda permite que alguém possa levar um tiro por causa da sua orientação sexual”, disse. “Não podemos mudar o passado, mas podemos aprender com ele e criar um futuro diferente.”
ZAP / BBC
