No habitual espaço de comentário na SIC, neste domingo, Luís Marques Mendes abordou a subida de preços que já se faz sentir em Portugal.
A subida dos preços da energia e dos bens essenciais é “a nova pandemia” para a qual é necessária uma “resposta europeia e nacional”, afirmou, este domingo à noite, Luís Marques Mendes, na SIC.
Em matéria de combustíveis, o Governo português “fez apenas serviços mínimos”. “Vai ter de ir muito mais longe, seja no IVA seja no ISP”, atirou o antigo líder social-democrata, prevendo também a necessidade de um pacote de medidas “muito significativo” para responder a esta crise.
No espaço de comentário, Marques Mendes revelou que na última reunião do Conselho Europeu se apontou para um programa comum de investimento que pode ter um valor na ordem dos 200 mil milhões de euros.
O Programa de Investimento Comum em matéria de cibersegurança, defesa e interconexões na área da energia andará “à volta dos 200 mil milhões de euros”, mas “um novo PRR para empresas não haverá, por falta de consenso europeu”.
Do encontro saíram decisões que passam pela autorização para que países “possam dar apoios extraordinários, incluindo a fundo perdido, às empresas mais afetadas pelos aumentos de preços da energia, desde que assumam o compromisso de não encerrarem”.
No campo da agricultura, a Comissão está a estudar “compras conjuntas de produtos agrícolas em falta no mercado”, revelou, citado pelo Observador.
O conflito mundial beneficia, na ótica de Luís Marques Mendes, o Governo de António Costa, uma vez que “ninguém o culpa pela guerra” e “em tempo de crise as pessoas não gostam de aventuras”.
O comentador político não antevê que a situação internacional altere as escolhas do primeiro-ministro para o novo Governo, nem mesmo nas pastas dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.
A única alteração apontada é a elaboração de um novo Orçamento do Estado. “O que estava previsto, está desatualizado. Vai ser revisto em baixa”, disse, enfatizando que haverá “uma folga importante: o défice orçamental de 2021 vai ficar em 2,9% do PIB. Bem abaixo dos 4,3% que estavam previstos. Uma boa ajuda para um novo OE com menor crescimento económico.”
E este “comentador” nem os mínimos chega…