Treze anos depois de uma final da Taça da Liga marcada por um penálti polémico, Benfica e Sporting voltam a disputar o caneco. Em 2009, Ruben Amorim ergueu a Taça como jogador das águias. Agora, quer repetir o feito como treinador dos leões e pode igualar Jorge Jesus.
Benfica e Sporting defrontam-se neste sábado, a partir das 19:45 horas, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, na final da Taça da Liga.
O dérbi é uma repetição da final de 2009, a primeira da competição, que ficou marcada pela vitória do Benfica com uma grande penalidade polémica assinalada pelo árbitro Lucílio Batista.
“Nessa altura, era uma vida diferente, estava do outro lado, era jogador, ganhámos nos pénaltis e com um caso de arbitragem“, refere, entre sorrisos, Ruben Amorim, recordando o lance assinalado por alegada mão na bola de Pedro Silva.
O penálti permitiu ao Benfica empatar o marcador e levar o jogo para os penáltis, onde acabou por vencer.
Ruben Amorim fez a festa como jogador, com os seus colegas de equipa de então, e já ganhou, no total, 8 Taças da Liga. Seis das vitórias foram como jogador, em cinco pelo Benfica e numa pelo Sporting de Braga, onde jogou por empréstimo do clube da Luz.
Ganhou, entretanto, as duas últimas edições da Taça da Liga como treinador, uma pelo Sp. Braga e a outra pelo Sporting.
Em Leiria, Ruben Amorim tentará o seu terceiro triunfo seguido na prova, o que lhe permitirá igualar Jorge Jesus que foi o único treinador, até agora, a ganhar três Taças da Liga seguidas.
O Benfica é o clube que tem mais Taças da Liga ganhas, precisamente sete.
Rúben Amorim confia que voltará a vencer o Benfica
O treinador dos leões acredita que a sua equipa conseguirá reconquistar a Taça da Liga e que voltará a derrotar os encarnados, tal como já fez para o campeonato.
“Estamos na final e tudo pode acontecer. Mas estou confiante de que vamos vencer. Se ganharmos, é mais um troféu que vai para o museu. Se não acontecer, seguimos da mesma maneira e a vida continua”, destaca Ruben Amorim.
O treinador rejeita a ideia de que o Benfica esteja mais pressionado a ganhar por estar a enfrentar um jejum de títulos, assumindo, contudo, que será uma equipa diferente daquela que enfrentou para o campeonato.
“Esse jogo foi difícil e matámos o jogo quando tínhamos de o fazer”, nota Ruben Amorim, salientando que hoje “será um jogo diferente”, até porque “decide um título e isso mexe com todos os jogadores”.
“O Benfica não tem mais pressão do que nós. A pressão está do nosso lado, porque temos de ganhar. O facto de termos vencido há menos tempo não nos tira pressão”, considera ainda.
Veríssimo assume importância da Taça após dois anos e meio sem títulos
Do lado do Benfica, o treinador Nelson Veríssimo refere que a responsabilidade de vencer não é maior devido à falta de títulos há mais de dois anos.
Contudo, o técnico nota que sabe “o que isso representa para o clube” e que, por isso, tem “consciência da importância do troféu”. “Mas não nos traz mais responsabilidade do que no início da época”, vinca ainda.
Por tratar-se se um dérbi, o técnico da Luz admite que “é sempre” um jogo “com emoções diferenciadas” dos restantes, mas “o objetivo é sempre o mesmo”, ou seja, “lutar pela vitória e ganhar”.
Veríssimo destaca que é preciso “colocar competência” nos “dois momentos do jogo”, a atacar e a defender, assim como “na transição defensiva”.
Mas não abre o jogo quanto ao sistema táctico que vai utilizar, se “4x4x2 ou 4x3x3”, até para não “estar a dar trunfos a Ruben Amorim”.
Benfica e Sporting não se defrontam na final da Taça da Liga desde o tal jogo de 2009 quando os encarnados venceram por 3-2, no Estádio do Algarve, após grandes penalidades.
ZAP // Lusa