Na Europa, já são mais de 100 mil “voos fantasma” a causar danos no ambiente, equivalentes às emissões anuais de mais de 1,4 milhões de automóveis.
Uma análise da Greenpeace revela que o tráfego aéreo de mais de 100 mil “voos fantasmas” está a ser prejudicial para o clima, provocando emissões equivalentes às emissões anuais de mais de 1,4 milhões de carros.
As companhias aéreas europeias estão a realizar voos vazios ou quase vazios para manterem os slots de descolagem e aterragem nos aeroportos, conforme exigido por um regulamento da União Europeia (UE), que remonta a 1993.
Em circunstâncias normais, as empresas são obrigadas a realizar pelo menos 80% dos voos reservados para garantirem as slots. Contudo, a pandemia veio mudar o jogo e “a Comissão Europeia reduziu temporariamente esse limite para pelo menos 50% dos voos, que será aumentado novamente para 64% dos voos em março de 2022”.
A Greenpeace apela, assim, à Comissão Europeia e aos governos para porem fim a esta regra que incentiva os voos fantasma, de modo a proibirem os voos de pequeno curso quando existe uma ligação ferroviária alternativa com menos de seis horas.
“Voos fantasmas inúteis e poluentes são apenas a ponta do iceberg”, disse Herwig Schuster, porta-voz da campanha Mobilidade Europeia para Todos da Greenpeace. “Seria irresponsável da parte da UE não acabar com os voos fantasmas e não proibir voos de curta distância onde há uma conexão ferroviária razoável”, acrescentou.
O Grupo Lufthansa, por exemplo, estima que, durante o inverno, sejam realizados cerca de 18 mil voos fantasmas.
Embora não tenha especificado destinos e aviões, a Greenpeace acredita que vão ser produzidas cerca de 20 toneladas de emissões de CO2 por cada voo, causando danos ao clima equivalentes a 360 mil toneladas de CO2.
Quanto às outras companhias aéreas, se a estimativa for semelhante à Lufthansa, “o número total de voos fantasmas na Europa pode ser ligeiramente superior a 100 mil”.
“Este número de voos provoca danos climáticos equivalentes a 2,1 milhões de toneladas de CO2, que equivalem às emissões anuais de cerca de 1,4 milhões de automóveis médios a gasóleo ou a gasolina”, aponta.
Isto deveria ser revisto. Não faz qualquer sentido nos tempos atuais
Extraordinário!
Não percebo nada de aviação. Ou de ambiente. Mas sei fazer contas e possuo senso comum. Algo que, obviamente, não abunda noutras paragens. É que, não se trata apenas do custo ambiental, mas também económico, em combustível, tripulações, pessoal de terra, horas de utilização das aeronaves e consequente manutenção, risco de acidente, etc….
Completamente.. como é que, em 2022, não há alguém com responsabilidade no sector capaz de alterar estas regras sem qualquer sentido?…