António Costa assume-se como o “inimigo principal do Chega”. E é um “orgulho”

2

Mário Cruz / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

Se o PS vencer as legislativas, no domingo, o secretário-geral do partido vai falar com todos menos um. Por outro lado, “se os portugueses disserem ‘estamos fartos do António Costa'”, partirá “em paz e em sossego”.

António Costa já não aposta na maioria absoluta, pelo menos da forma convicta com que o fazia no passado.

Em entrevista à CNN Portugal, esta terça-feira, o atual primeiro-ministro mostrou-se confiante de que irá vencer as próximas eleições legislativas, afastou muros e prontos e abriu-se ao diálogo com todos os partidos, menos o Chega.

“Falarei com todos os partidos. Há um com quem não vale a pena falar. Além de bom dia ou boa tarde, não há muito mais a dizer ao Chega”, atirou o socialista, garantindo que um governo PS não contará com o partido de André Ventura.

“Uma coisa garanto: nenhum governo do PS ficará dependente do Chega”, vincou o atual primeiro-ministro, que diz ser o “inimigo principal do Chega“.

“Connosco não passam, nem direta, nem indiretamente. O Chega é o Chega e prisão perpétua é prisão perpétua. Ser o inimigo principal do Chega é um orgulho“, acrescentou.

Se sair derrotado no próximo domingo, António Costa vai deixar o PS. “Se os portugueses disserem ‘estamos fartos do António Costa’ partirei em paz e em sossego”, garantiu.

Já no caso de uma vitória com maioria relativa, “aquilo que farei é dialogar com todos”, afirmou, explicando que, durante a campanha eleitoral, tem sentido que o povo português quer que faça aquilo que já mostrou “saber fazer bem”.

Confrontado com as palavras do líder do maior partido da oposição, Rui Rio, que disse que António Costa podia sair “com dignidade”, o candidato socialista rejeitou um pingue pongue de acusações e disse que só servem para “esconder o programa” do PSD.

O que é que propõe efetivamente? Sobre o salário mínimo procura esconder o que o PSD pensa, sobre os impostos deixou de falar porque não consegue esconder o que está escrito e redito: não vai baixar o IRS sobre as classes médias. O que tem a dizer relativamente às alterações climáticas, sobre a transição digital?”, questionou, na entrevista à CNN.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Agora procura dar importância ao CHEGA para procurar que o ódio que os Portugueses sentem por ele se concentre no CHEGA e não no PSD. É esperto, mas maquiavélico.
    E podem acreditar que assim que este governo cair, estou convicto que iremos ver muita desta gente em bancos de réus. Só na energia e ambiente serão uns quantos. Nos programas do portugal2020 mais uns quantos. E por aí fora.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.