Aumento da comparticipação leva mais farmácias a aderir ao regime de gratuitidade de testes rápidos

Tiago petinga / Lusa

Desde 1 de dezembro, quando a apresentação de testes antigénio com resultado negativo passou a ser exigida, que se regista elevada procura pelos rastreios e listas de espera longas.

Depois de o Governo atualizar o valor da comparticipação dos testes rápidos de antigénio (TRAg), é expectável que o número de farmácias aderentes ao programa de testes gratuitos aumente consideravelmente, podendo atingir as 1450 entre esta semana e a próxima. A previsão é feita por Ema Paulino, presidente da Associação Nacional das Farmácias, que, ao Expresso, afirmou que “há um número crescente de farmácias a participar”.

Segundo o semanário, atualmente existem 900 farmácias, em território nacional, que aderiram ao regime excecional de comparticipação de testes rápidos criado pelo Governo, disponibilizando, assim, à população uma oportunidade de ser testada de forma gratuita. Do total de estabelecimentos, 700 estão a fazê-lo ao abrigo de protocolos com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e 200 ao abrigo de protocolos com as autarquias.

Ainda de acordo com a representante, a atualização do valor da comparticipação “vai permitir a mais estabelecimentos fazer investimentos para realizar mais testes”. Estes investimentos podem traduzir-se, por exemplo, no alargamento das instalações (com recurso a tendas montadas nas imediações das farmácias, por exemplo), mas também na mobilização de mais profissionais.

Isto fará, na visão de Ema Paulino, com que “abram mais vagas para agendamento ao longo dos próximos dias” e que muitas dificuldades que têm sido reportadas ao nível dos agendamentos possam ser resolvidas.

A estimativa do número de farmácias que podem também aderir ao regime como resposta à atualização do valor da comparticipação justifica-se, de acordo com Ema Paulino, com a semelhança do valor que vai ser atribuído pelo Governo (15 euros) com o que era atribuído pelos municípios, territórios nos quais se verificou uma adesão de cerca de 50%. “Nos municípios em que foi dada capacidade económica adicional às farmácias, tivemos 50% dos estabelecimentos a participar”, explicou a responsável.

Ainda de acordo com o Expresso, a Associação Nacional de Farmácias tem tentando mobilizar mais farmácias, de forma a conseguir que mais estabelecimentos adiram ao regime e possam dar resposta à elevada procura por testes rápidos desde que, a 1 de dezembro, os rastreios passaram a ser necessários para a entrada em determinados eventos públicos, juntamente com o certificado de vacinação. Desta forma, é expectável que os tempos de espera para a realização de testes rápidos diminua nas próximas semanas.

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